Deputado brasileiro por New York é acusado por ex-colega de quarto de operar esquema de clonagem de cartões

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O polêmico deputado George Santos enfrenta novas alegações de que liderou uma rede criminosa de roubo de cartão de crédito na mais recente acusação que pode abalar o legislador representante de Long Island, New York.

Um ex-presidiário e ex-colega de quarto de Santos disse às autoridades que o republicano era o mentor de um esquema de roubo de identidade orquestrado em 2017 no qual ambos participaram. As informações foram reveladas pelo site do Politico.

“Santos me ensinou como clonar as informações do cartão e como usar. Ele me deu todo o material e me ensinou a colocar dispositivos de clonagem e câmeras em caixas eletrônicos”, disse Gustavo Ribeiro Trelha em depoimento juramentado enviado aos investigadores esta semana.
Trelha, um imigrante brasileiro que já morou com Santos, na Flórida, foi condenado e cumpriu vários meses de prisão por roubar cartões de crédito em Seattle. Depois, ele foi deportado.

O brasileiro diz que tinha medo de denunciar Santos na época por medo de retaliação contra seus parentes que eram imigrantes indocumentados. “Aprendi com ele a clonar caixas eletrônicos e cartões de crédito”, escreveu Trelha no depoimento. “Ele tinha muito material – peças, impressoras, caixas eletrônicos em branco e cartões de crédito para serem pintados e gravados com contas roubadas e informações pessoais de outras pessoas”, afirmou.

Santos, que enfrenta inúmeras investigações sobre seu passado duvidoso e mentiras, negou a denúncia, chamando-a de "a mais nova insanidade" e "categoricamente falsa".

Ele prometeu “repassar tudo” com os jornalistas sem dar detalhes.

Santos foi questionado anteriormente sobre o esquema de Seattle por investigadores federais, mas não foi acusado.
Em 2022, Santos se retratou como um imigrante gay conservador pioneiro a caminho de conquistar um distrito de tendência democrata no North Shore de Long Island e um pedaço do Queens.

Mais tarde, ele admitiu ter mentido extensivamente sobre ir para a faculdade, trabalhar para grandes bancos de investimento e que seus avós eram judeus que fugiram do Holocausto.

Ele também está enfrentando investigações criminais, que provavelmente se concentrarão em divulgações financeiras, como sua alegação de que emprestou pessoalmente US$ 700.000 para sua campanha depois de supostamente ganhar apenas US$ 55.000 por ano em 2020.
Santos se recusa a renunciar ao cargo e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, o apoiou, mesmo quando seus colegas republicanos de New York o evitam.

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