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Publicado em 28/03/2023 as 9:00am

Brasileiro é aceito em Harvard com projeto sobre influência de povos negros no design

Da redação Gustavo Borges, natural de Santa Bárbara d´Oeste (São Paulo), tem todos os...

Da redação

Gustavo Borges, natural de Santa Bárbara d´Oeste (São Paulo), tem todos os motivos para comemorar. Há 15 anos ele fez o seu primeiro contato com a Ivy League, um grupo formado por oito das universidades mais prestigiadas dos Estados Unidos: Brown, Columbia, Cornell, Dartmouth, Harvard, Universidade da Pensilvânia, Princeton e Yale.

Sem falar inglês, o jovem ficou fascinado com a ideia de ir estudar em uma dessas instituições, principalmente Harvard, a mais antiga da Ivy League, fundada em 1636.

Hoje, com 31 anos e formado em design gráfico, Gustavo celebra as conquistas alcançadas através da sua dedicação e a parceria com a Ivy League. Isso, porque no dia 6 de março, recebeu a comunicação de que foi aceito em Harvard para cursar uma pós-graduação em sua área.

Ele conquistou uma das tão concorridas vagas, destinadas a apenas 4% dos que tentam e o que o levou a esta conquista foi a proposta de uma pesquisa que resgate a influência dos povos africanos e negros brasileiros no design. "A ênfase da minha pesquisa, que é transdisciplinar, se dá em um problema sócio-político brasileiro. Eu vou analisar a visão eurocêntrica e distópica sobre a história do design no nosso país, buscando resgatar as contribuições dos povos africanos e negros brasileiros que foram apagadas intencionalmente por colonizadores e apoiadores da escravização desse grupo de pessoas", explica.

De acordo com ele, no Brasil já existem estudos sobre este tema, mas a sua ideia é, justamente, além de ser autor, realizar uma pesquisa colaborativa. Gustavo destacou que quer contatar os pesquisadores que já fizeram algum estudo em relação a isso e “levá-los” para Harvard.

A fase seguinte seria trazer o material ao Brasil em formatos mais populares e acessíveis, como vídeos para redes sociais e podcasts.

Antes de receber o comunicado de que foi aceito em Harvard, Gustavo aproveitou todas as oportunidades educacionais que sugiram em sua trajetória. Sua educação infantil, ensino fundamental, médio e técnico foram em escolas públicas e o verdadeiro divisor de águas foi o curso de comunicação visual que realizou na Escola Técnica Estadual (Etec) Polivalente, em Americana (SP).

Durante a trajetória acadêmica, Gustavo também descobriu uma fundação que ajuda brasileiros a se preparem para diversas faculdades nos Estados Unidos, mas não conseguiu entrar no processo seletivo porque o edital aberto atendia jovens de até 14 anos.

 

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Mas para o sonho ser concretizado, como na vida da maioria dos brasileiros aprovados em universidades no exterior, existe a barreira financeira. Gustavo precisa arrecadar cerca de US$ 200 mil para conseguir manter o curso e a estadia em terras norte-americanas. Mas para o primeiro passo, existe uma exigência de uma conta com R$ 500 mil (cerca de US$ 60 mil).

Quem quiser ajudar, o link de doação é http://bit.ly/40zVFX8

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