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Publicado em 7/04/2023 as 9:00am

Brasileira fala sobre agressão e xenofobia que sofreu em Framingham (MA)

De acordo com Raíssa, a agressora iniciou o confronto sem motivo aparente e gritava as palavras xenófobas enquanto desferia socos e golpes dados com canivete.


Raíssa sofreu ferimentos no corpo e no rosto

No dia 29 de março, Raíssa Garcia foi vítima da violência que tem crescido muito na cidade de Framingham e outras cidades de Massachusetts. A agressora foi uma cidadã dos Estados Unidos e foi presa pouco tempo depois do incidente. Além da agressão física, ela também proferiu palavras xenófobas, mandando a brasileira sair dos Estados Unidos e “voltar ao seu país de origem” .

De acordo com Raíssa, a agressora iniciou o confronto sem motivo aparente e gritava as palavras xenófobas enquanto desferia socos e golpes dados com canivete.

Câmeras de segurança e pessoas nas ruas gravaram o momento da briga. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver Raissa levando socos na cabeça por mais de dois minutos. Ela precisou ser hospitalizada com lesões no rosto, na costela, nas mãos e na boca, além de ter um dente quebrado.

Raíssa está vivendo à base de medicamentos


A suposta agressora, identificada como Michelle Milburn, de 45 anos, chegou a ser presa, mas deixou a prisão após pagar fiança.

Indagada sobre o que teria levado às agressões, Raíssa acredita que a “mulher saiu de sua casa já com a intenção de machucar algum imigrante”.

De acordo com Raissa, tudo começou quando ela e Michelle estavam no trânsito, cada uma no seu carro, esperando um trem passar para continuarem o trajeto. A brasileira percebeu que a mulher ao lado estava com um celular na mão e gesticulando em sua direção. “Pensei que ela estivesse falando ao telefone. Não dei muita atenção e continuei olhando para frente esperando a cancela abrir”, disse.

Mas logo em seguida, a americana abaixou o vidro do seu carro e, com o celular apontado para Raissa, começou a agredir a brasileira verbalmente. “Imaginei que ela quisesse dizer algo sobre o pneu ou do meu carro, mas quando percebi que o celular dela estava apontado para mim, também abaixei o vidro e escutei ela me dizendo: ‘o que você está olhando, sua v...?’, diz a brasileira.

Raíssa conta que, no começo, ignorou os insultos, mas revidou após ouvir Michelle dizendo que ela deveria “voltar para o seu país”. “Eu disse que isso era um crime e que eu não tinha feito nada, e estava no meu direito”, acrescentou.

Americana foi indiciada por agressão com arma perigosa

Depois de confrontar a mulher, Michelle pegou um canivete do porta-luvas e começou a ameaçá-la. Assustada, Raíssa voltou para o carro e fugiu. Mas, minutos depois, foi alcançada e teve o seu veículo fechado pela agressora. “Eu saí do carro e comecei a gravar a placa do carro dela com o meu celular para mostrar para a polícia”, lembra Raissa. Foi aí que começaram as agressões físicas.

O canivete não teria sido usado para esfaquear, mas para intensificar os ferimentos. Apesar de muitas pessoas ao redor gravarem a cena, ninguém se aproximou para apartar a briga.
Nas filmagens, é possível ver a americana aplicando uma sequência de golpes contra a brasileira, que tenta se desvencilhar dos ataques. Insultos e palavrões também podem ser ouvidos durante as agressões. Por mais de uma vez, Raissa pede para que as pessoas próximas chamem a polícia.

Raíssa disse que mulher mostrava as cenas para o filho, com quem estava em uma ligação por chamada de vídeo. E ele mesmo, de acordo com a vítima, pedia para a mãe parar com os golpes. “Ela (Michelle) gritava a todo momento que nada aconteceria com ela por ela ser americana”, disse a brasileira.

Após as agressões, Michelle fugiu do local e a brasileira comunicou o caso à polícia, que encontrou a agressora depois e a encaminhou para a delegacia. Após pagar a fiança, a mulher, que mora em Marlborough (cerca de 40 minutos de Framingham), foi solta.
A Justiça continua apurando o caso e uma audiência está marcada para o dia 13 de junho.

TRAUMA
Em conversa com o jornal Brazilian Times, Raíssa disse que ainda está bastante traumatizada e que não conseguiu retomar a rotina diária. Ela tem passado a maior parte do tempo em contato com a polícia e com seus advogados. Por isso, não retomou o trabalho como entregadora de mercadoria por aplicativo.

Ela acrescentou que teme se encontrar novamente com a mulher e uma pessoa lhe disse que dias depois da agressão a americana foi a um supermercado que a brasileira costuma frequentar.

Raissa também trocou o carro, que era alugado, e pretende mudar de casa até o fim do mês.

Ela é mineira e cuida sozinha de dois filhos, um adolescente de 16 anos e uma menina de 8. “Não posso generalizar todas as pessoas dos Estados Unidos só por conta de uma pessoa”, disse afirmando que não pretende sair do país.

HATERS NA COMUNIDADE
Depois que o vídeo começou a viralizar nas redes sociais, vários brasileiros usaram suas contas para atacar a brasileira, colocando a culpa em cima dela. Frases depreciativas e ameaçadoras tornaram a situação ainda mais difícil para Raíssa. “Além de me restabelecer da agressão, tive que enfrentar pessoas más que tentaram me deixar mais para baixo ainda”, disse ela.

Sob o conselho de seu advogado, Raíssa fez cópias de todos os haters e um processo paralelo será aberto. De acordo com ela, já está de posse do endereço de alguns. “Não podemos deixar este tipo de agente achar que a internet é terra sem lei. Pessoas que se escondem atrás de um teclado para atacar quem elas não conhecem”, finalizou.



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