Coluna História & Cotidiano com Arleandra Ricardo

Queridos leitores e leitoras, hoje gostaria de apresentar uma querida amiga chamada: Marcília Gama da Silva.

Ela é professora universitária, historiadora e gestora de arquivos. Quem a conhece, a reconhece mesmo de longe! Ela é dona de um senso de humor e carisma insuperável, muito alto astral e sempre colaboradora. Por isso, ela conquista seu espaço com muito profissionalismo e carisma! Eu tive a grande oportunidade de conhecê-la em 2006, em um dos períodos em que trabalhou por mais de 20 anos no Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano, em que era curadora e responsável pela organização, catalogação, pesquisa e atendimento do acervo da antiga Delegacia de Ordem Política e Social em Pernambuco (DOPS-PE).

Marcília é associada ao departamento de História da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Ela é Doutora em História; mestre, bacharel, licenciada, e Especialista em documentação e arquivologia pelo Departamento de Ciência da Informação na UFPE. Entre 2006 a 2020 coordenou a Gestão Documental e Memória do Tribunal Regional Trabalho (TRT-6). Atualmente ela é membro da Comissão de Avaliação de Arquivos Privados do Conarq-Arquivo Nacional.

Seu mais recente trabalho premiado é:

Pernambuco na mira do golpe, volumes 1, 2, 3. Organizado por ela e Thiago Nunes Soares. A carreira de Marcília nos diz muito sobre o trabalho do historiador, ou melhor, historiadora, pois deixa em evidência a importância de preservarmos os documentos oficiais, bibliotecas, fotografias, vídeos, livros, músicas, jornais, revistas, pinturas, além de uma infinidade de informações que produzimos sobre nosso passado e até almejamos preservar para nosso futuro.

A forma como arquivamos, documentamos e gerenciamos os documentos de época, diz muito sobre nossa sociedade, cultura, economia, educação, religião, filosofia, entre outras questões. Principalmente porque o diálogos com o nosso passado nos possibilita criamos uma história cada vez mais social, psicológica, sociológica, jornalística, jurídica, por exemplo, capaz de nos aproximar cada vez mais de nossa consciência política, social e coletiva. E com isso, nos prospectar para um futuro cada vez mais justo, igualitário e cheio de oportunidades.

Podemos registrar de diversas formas nossa história, tomemos como exemplo, o Museu da Pessoa, que completou 30 anos, esse museu virtual tem em média 20.000 depoimentos de pessoas de todos os gêneros, etnias e diversas áreas do conhecimento, disponível em: https://museudapessoa.org/ 

Home - Museu da Pessoa

www.museudapessoa.org e que fazem parte da história contemporânea do Brasil. Assim como os documentos oficiais, o Museu da Pessoa, são fontes riquíssimas para escrevermos ou termos acesso a nossa história e memória coletiva. Tudo está ligado aos documentos, a preservação, conservação, armazenamento e consultas de pesquisadores.

Um dos aspectos que julgo importante em nossa contemporaneidade seria a necessidade de fazermos um diálogo cada vez maior com as empresas, indústrias e comércios para que possamos trabalhar no arquivamento de seus documentos que são por vezes negligenciados, jogados para baixo do tapete, enquanto recebem umidade e muitos ácaros. Como se não bastasse serem esquecidos nos porões e quartos escuros de prédios desativados.

Para saberem mais, convido os leitores a ouvirem a entrevista ao vivo com Marcília Gama, amanhã na rádio Brazilian Times as 12 pm de Massachusetts.

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