Senador apresenta resolução para “voto de desconfiança em Mayorkas”

Da redação

O senador Roger Marshall, R-Kansas, anunciou que está apresentando uma resolução para desencadear um “voto de desconfiança” no secretário do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS, sigla em inglês), Alejandro Mayorkas. Isso ocorre no momento em que o chefe da agência enfrenta um interrogatório de legisladores em uma comissão superior.

"Senhor Secretário, você está negligenciando suas funções. Eu seria negligente se não fizesse algo a respeito. E é por isso que tenho um projeto de resolução aqui que pretendo apresentar nos próximos dias que exigirá que o Senado delibere sobre o voto de confiança no senhor", disse ele ao questionar Mayorkas em uma audiência do Comitê de Segurança Interna do Senado.

"Estou pronto para receber artigos de impeachment da Câmara e conduzir um julgamento de impeachment neste órgão. Mas, enquanto isso, acho que o Senado deve mostrar aos nossos colegas deputados que já estamos fartos dos fracassos da Câmara, do Departamento de Segurança Interna e acreditam que o secretário não está apto para desempenhar fielmente as funções de seu cargo", acrescentou ele.

O projeto de resolução afirma que Mayorkas "não tem a confiança do Senado nem do povo americano para cumprir fielmente os deveres de seu cargo".

A resolução acusa Mayorkas de ter "se envolvido em um padrão de conduta incompatível com seus deveres constitucionais e estatutários como Secretário de Segurança Interna". Especificamente, diz que ele falhou em tomar as medidas necessárias para obter o controle operacional da fronteira sul, algo que o chefe da Patrulha de Fronteira disse que a agência não possui. Ele cita que "mais de 5.500.000 de imigrantes cruzaram a fronteira sul dos Estados Unidos durante o mandato do secretário Mayorkas, incluindo 20 meses consecutivos com mais de 150.000 travessias ilegais e um aumento de 180% em detenções ao longo da fronteira em comparação com a administração anterior".

Ele também observa a detenção de quase 100 indivíduos na lista de terroristas, um aumento nas apreensões de fentanil e também uma série de medidas do governo que, segundo ele, incentivou a imigração ilegal – incluindo o fim da construção do muro na fronteira , fim dos Protocolos de Proteção ao Migrante (MPP) e tentativas de acabar com a ordem de saúde pública conhecida como Título 42 – que terminará no próximo mês.