Publicado em 19/04/2023 as 8:00am
Azuil, o valadarense que escolheu morar nas ruas de Boston (MA)
Para muitos imigrantes, o sonho de morar nos Estados Unidos representa a esperança de uma vida melhor.
O sonho de morar nos Estados Unidos é uma realidade que tem atraído pessoas de todo o mundo há décadas. Isso porque o país é frequentemente retratado como a terra das oportunidades, onde o trabalho duro e a dedicação podem levar ao sucesso e à realização dos sonhos.
Para muitos imigrantes, o sonho de morar nos Estados Unidos representa a esperança de uma vida melhor. Eles podem estar fugindo de conflitos políticos, econômicos ou sociais em seus países de origem, ou simplesmente em busca de uma vida mais próspera e estável.
Aqueles que conseguem entrar nos Estados Unidos muitas vezes enfrentam desafios significativos, como a adaptação a uma nova cultura, a falta de redes de apoio e as barreiras linguísticas. No entanto, muitos imigrantes ainda acreditam que o país oferece as melhores chances para alcançar seus objetivos de vida. Eles estão dispostos a trabalhar duro, aprender uma nova língua e se adaptar a um novo estilo de vida para realizar seus sonhos.
Todos querem ter uma casinha para morar, nem que seja alugada, e um bom emprego que lhe proporcione enconomizar e investir em um futuro melhor para a família.
Mas a história do valadarense Azuil Ramalho Junior, seguiu um rumo diferente. Ele chegou aos Estados Unidos em 2001, em data próxima aos ataques das Torres Gêmeas, em New York. Durante os primeiros anos, ele trabalhou com suas irmãs e em várias cafeterias no estado de Massachusetts.
Mas há cerca de cinco anos ele vive nas ruas de Boston e pode ser encontrado nas proximidades das Mass Avenue, esquina com a Boston Street, onde vende quadros produzidos por ele e que lhe dão um pouco de dinheiro para se manter.
Em conversa com o canal Vlog do Tiago Skol USA, do You Tube, ele disse que a decepção e a depressão foram os responsáveis dele ir morar na rua. Durante toda a entrevista Azuil falou várias vezes em traição por parte dos brasileiros e que isso o afastou da comunidade brasileira. “Eu sou muito mais feliz morando aqui, convivendo com americanos do que ao lado de pessoas que só me fizeram mal”, disse. “Em todas as experiências que eu tive, percebi que os brasileiros só tentam derrubar o próximo. Ninguém ajuda ninguém”, acrescentou.
A hipocrisia de alguns brasileiros também foi citado por ele. “Muitos conseguem o papel (Green Card) e vão ao Brasil e lá arrotam lagosta e ficam falando inglês. Qual a lógica de falar inglês no Brasil, onde os familiares não falam inglês. Isso é querer mostrar que está acima de todos”, explicou.
Azuil disse que suas três irmãs, que estão bem estabelecidas no país, já ofereceram ajuda, mas ele não aceita, pois encontrou nas ruas um lugar que o torna mais feliz. “Eu já tentei suicídio duas vezes e se internou em um programa americano onde recebeu todo o suporte que precisava.
“Foi maravilhoso para a minha recuperação”, disse ele destacando que as irmãs pagaram as despesas e o visitavam uma vez por mês. “Mas deixei claro que não quero ajuda e não quero viver de ajuda”, acrescentou.
Azuil destaca que é uma pessoa independnmete e que não quer viver “nas costas de ninguém”. De acordo com ele, morar na rua não tirou a suia dignidade e consegue pagar pela sua comida, comprar suas roupas e viver da sua arte. “No passado eu tive problemas com álcool e hoje, graças a Deus, bebo, mas de forma controlada”, seguiu.
Indagado sobre a possiblidade de morar em um quarto, ele disse que várias pessoas já lhe ofereceram, mas não quer. “A rua é o meu mundo. Aqui conquisto amigos e vive feliz”, disse destacando que em junho completará 55 anos de idade e fará uma festinha no local onde fica, com direito a bolo.
Azuil também disse que não sebnte vontade de voltar ao Brasil, póis a única saudade que tinha era de seus pais, mas ambos morreram no ano passado. “Hoje me sinto feliz e seu eu morrer nas ruas estarei feliz. Quantas pessoas morrem debilitadas em uma cama de hospital, passam meses se recuperando de cirurgias e eu estou aqui com a saúde perfeita. Não posso reclamar”, disse.
Além do português, Azuil fala libanês, francês, italiano, espanhol e inglês. Ele é bastante comunicatico e é connhecido por todos que trabalham ou moram na região.
Para assistir à entrevista completa, acesse o link https://bit.ly/3mDqN9X
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