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Publicado em 4/05/2023 as 1:00pm

Grupo Mulheres do Brasil em NY e Viver Bem Saúde apoiam com telemedicina refugiados no Brasil e brasileiros nos EUA

Mário Mendes Jr com Eliane, Renata e Débora, representantes do búcleo Mulheres do Brasil...


Mário Mendes Jr com Eliane, Renata e Débora, representantes do búcleo Mulheres do Brasil em New York

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR – há no mundo aproximadamente 103 milhões de pessoas que, por diversos motivos, precisaram fugir de seus países.

Ainda de acordo com o ACNUR, no início de 2023 havia, no Brasil, 65mil pessoas, dos mais diversos países, reconhecidas como refugiadas.

Segundo estimativa de 2020 do Itamaraty, vivem no exterior cerca de 4,2 milhões de brasileiros. Levando em consideração que, em determinados países, uma parcela expressiva dos brasileiros encontra-se em situação migratória irregular e evita participar de sondagens e censos, é difícil estimar o número com maior grau de precisão.

As desigualdades e problemas de acesso aos sistemas públicos e privados de saúde, para imigrantes brasileiros que se encontram fora do país e para refugiados das mais variadas nacionalidades que residem no Brasil se intensificaram ainda mais no período de pandemia do coronavírus.

Os EUA não possuem um sistema público universal, que possa atender toda a população de forma igualitária gratuitamente, como ocorre no Brasil.  Cada Estado tem seu próprio sistema, com regras específicas, sendo a maioria deles com pouca regulação e operado principalmente pela iniciativa privada.

Diferentemente do que acontece no Brasil que tem um sistema universal – o SUS - para a maioria dos estadunidenses, e mesmo aqueles imigrantes legalizados, a única opção de atendimento é pagar um convênio particular ou trabalhar em uma empresa que ofereça esse benefício aos seus funcionários.

Para Mario Mendes, fundador da Viver Bem Saúde: "As questões de acesso à saúde vão além de patologias e acidentes, há aspectos que dizem respeito a transtornos mentais e psicológicos. Muitas vezes, esses aspectos têm se mostrado comuns para o adoecimento de refugiados e migrantes em geral”.

E complementa: "É preciso muito cuidado ao migrar para outro país, pois essa mudança significa abandonar sua zona de segurança. No que concerne morar fora, os problemas não dizem respeito apenas a documentações ou moradia e alimentação, há grandes desafios intensificados no caso de estadias irregulares".

Pensando nisso, o Comitê de Refugiados e Migrantes do Grupo Mulheres do Brasil e a Viver Bem Saúde, após resultados de um projeto piloto iniciado em março de 2023, estabeleceram parceria para proverem, ao longo deste mesmo ano, 1.200 consultas médicas por telemedicina, totalmente gratuitas, em várias especialidades médicas, para refugiados localizados em diversas regiões do Brasil e para brasileiros expatriados nos EUA também em situação de vulnerabilidade.

Todo o processo de triagem é realizado por entidades parceiras do Grupo Mulheres do Brasil e coordenado pelo Comitê de Inserção Refugiados. O projeto, fruto desta parceria, abrangerá, a partir do segundo semestre de 2023, outros países com médicos se comunicando sempre em português, com segunda opinião em seu país de residência feito por médicos autorizados por esses países, única forma de se obter uma prescrição de medicamentos ou pedido médico para exames diagnósticos fora do seu país de origem.

A rede da Viver Bem conta com mais de 5.000 médicos cadastrados e com uma rede global para segunda opinião médica superior a 200 profissionais de saúde distribuídos por todo o planeta.

As pessoas e entidades podem procurar o núcleo do Grupo Mulheres do Brasil NY ou o próprio Viver Bem através de sua página para obter mais instruções e esclarecer dúvidas: https://multusa.com/viver-bem



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