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Publicado em 29/05/2023 as 8:00am

Policial brasileiro ameaçado de morte por traficantes no Brasil agora vive em abrigo improvisado na polícia de Chicago (IL)

"Eu tive que usar uma camisa de manga comprida o tempo todo", disse Batista, 23 anos, que falou em português durante uma entrevista para o DailyMail.com, site que divulgou a história.


Durante sua jornada até a fronteira com os EUA, Carlos fez de tudo para esconder a tatuagem de policial

Por mais de quatro anos, Carlos Batista foi um respeitado policial que combateu o tráfico de drogas em João Pessoa (Paraíba), mas isso acabou quando ele começou a investigar as pessoas erradas. Agora, depois de fugir para salvar a vida, o brasileiro está de volta a uma delegacia, desta vez em Chicago (Illinois).

Mas antes disso, houve uma jornada de 7.000 milhas, na qual ele encontrou o amor em uma venezuelana que fez a mesma travessia da fronteira com ele. O brasileiro teve que esconder desesperadamente suas tatuagens de policial – uma caveira com asas – sabendo que os contrabandistas humanos o matariam se descobrissem quem ele realmente era.

"Eu tive que usar uma camisa de manga comprida o tempo todo", disse Batista, 23 anos, que falou em português durante uma entrevista para o DailyMail.com, site que divulgou a história.

“Se o cartel visse minhas tatuagens, eles teriam me matado. Não tenho dúvidas sobre isso”, afirmou.

Batista está entre os cerca de 8.000 imigrantes que chegaram a Chicago nas últimas semanas. Devido à falta de abrigos, alguns recorreram às delegacias de polícia em busca de um local seguro para dormir. Vídeos e fotos compartilhados nas redes sociais mostraram corredores em delegacias cheios de colchões e pertences pessoais com imigrantes acampados, enquanto policiais e visitantes fazem o possível para cuidar de seus afazeres diários.

A crise de moradia de imigrantes segue o fim das restrições na fronteira da era Trump conhecida como Título 42, que permitia às autoridades de imigração enviar imigrantes de volta ao México sem dar a eles a chance de buscar asilo.

Dezenas de milhares de pessoas correram para cruzar a fronteira antes que o presidente Joe Biden implementasse uma nova política rígida de asilo para substituí-la.

A HISTÓRIA DE BATISTA

Os problemas de Batista começaram na cidade de João Pessoa, no nordeste do Brasil, para onde ele foi transferido depois de trabalhar quatro meses no Rio de Janeiro. Ele disse que estava reunindo evidências em um caso de tráfico de drogas e armas e levou suas descobertas a seus superiores para que eles assinassem uma investigação mais profunda. “Quando mostrei aos meus chefes o que descobri, eles se recusaram a assinar, em vez disso, me disseram para parar de fazer o que estava fazendo”, disse ele que agora está vivendo temporariamente nos corredores do 20º Distrito Policial de Chicago.

Ele tentou uma segunda vez com um superior diferente e foi informado da mesma coisa.

Dias depois, Batista notou que estava sendo seguido por diversas pessoas por onde passava. “Meus chefes contaram ao cartel de drogas tudo sobre mim - meu endereço, meu número de telefone, tudo”, afirmou.

Batista destacou que nem todos os policiais no Brasil são corruptos. "São principalmente os oficiais de alto escalão que estão envolvidos com o cartel e as gangues da máfia local", disse ele.

Ele contou que em João Pessoa as coisas começaram a ficar cada vez mais perigosas para ele. “Recebi uma ligação de um colega policial em quem confiava, que me disse que a polícia já estava em meu apartamento, saqueando-o, e que o cartel colocou uma recompensa de US $ 2.000 por minha cabeça”, continuou.

Percebendo que sua vida estava em perigo iminente, Batista fugiu, indo para o sudoeste para entrar no Paraguai através da cidade fronteiriça de Ponta Porã. De lá, ele se mudou para o norte, passando pela Bolívia, depois pelo Peru, Equador e finalmente pela Colômbia.

Depois, havia o infame Darien Gap - a faixa montanhosa de selva de 70 milhas que divide a América do Sul e a América Central.

Esta área é conhecida como região sem lei e é controlada por gangues locais que frequentemente extorquem e roubam os imigrantes e estupram meninas e mulheres que tentam atravessá-la.

Enquanto esperava para atravessar, Batista conheceu a venezuelana Ivana Suarez, de 20 anos, que havia fugido de seu país assolado pela corrupção, assim como cerca de 25% de sua população o fez na última década.

Ivana, uma esteticista, viajou para o oeste de Puerto Cabello, na costa caribenha da Venezuela, também na esperança de fazer a longa viagem até os Estados Unidos.

“Saí da Venezuela com minha mãe, padrasto e irmão de nove anos”, disse ela. “Economicamente, simplesmente não poderíamos sobreviver. Eu ganhava o equivalente a US$ 15 por mês em um salão de beleza. O negócio da minha mãe não sobreviveu à pandemia da Covid. Mal tínhamos dinheiro para comer”, continuou.

Após atravessarem a perigosa região, eles estavam ficando sem dinheiro. Por isso pararam por três meses na Cidade do Panamá, onde Batista trabalhou na construção civil e Ivana conseguiu um emprego em um salão de beleza para ganhar o suficiente para permitir que continuassem.

Assim que chegaram ao México, o brasileiro ficou preso por cerca de um mês na cidade de Tapachula. “As condições eram terríveis, a comida estava fria e intragável, os oficiais da imigração roubaram meu telefone”, lembrou. “Quando olho para trás, o México foi a pior parte de toda a jornada. Todo mundo é corrupto lá”, afirmou.

Ele destacou que o seu principal medo durante toda a viagem era que os cartéis e outras gangues de drogas vissem sua tatuagem policial e o matassem. “Houve dias em que eu estava morrendo por causa do calor e da umidade, mas não podia tirar minha camisa de manga comprida com medo de que as gangues vissem a tatuagem e matassem a mim e a qualquer pessoa que estivesse ao meu redor”, contou. “Durante toda a viagem, desde o Brasil, nunca usei meu nome verdadeiro por medo de que os cartéis e membros corruptos da polícia brasileira me encontrassem”, disse ele.

Eles entraram nos Estados Unidos através da fronteira com El Paso, no Texas. A história de Batista e Suarez é apenas uma das centenas de imigrantes agora alojados temporariamente em delegacias de polícia.



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