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Publicado em 31/05/2023 as 12:00pm

Acusado de pornografia infantil, esposo de brasileira arma grande esquema para fugir de prisão na Flórida

De acordo com o xerife do condado de Indian River, Eric Flowers, uma dica de “alguém de fora” desencadeou a investigação sobre John Manchec, 78, e seu “bando de capangas incompetentes”.


Manchec continua preso

O elaborado plano de fuga da prisão do multimilionário é frustrado: empresário detido por 46 acusações de pornografia infantil na Flórida planejou um avião particular para levá-lo ao castelo medieval na França

A “Grande Fuga” não aconteceu. Um milionário da Flórida planejou fugir para a França em vez de enfrentar acusações de pornografia infantil. Ele elaborou um plano para escapar da prisão durante uma colonoscopia com a ajuda de alguns de seus funcionários e ex-companheiro de cela.

De acordo com o xerife do condado de Indian River, Eric Flowers, uma dica de “alguém de fora” desencadeou a investigação sobre John Manchec, 78, e seu “bando de capangas incompetentes”.

Manchec foi preso por 46 acusações de pornografia infantil pelo Departamento de Polícia da Flórida em 2014 e libertado após pagar uma fiança de US$ 500.000. Seu Passaporte dos Estados Unidos foi bloqueado, mas como cidadão com dupla cidadania, ele também possui um Passaporte francês.

O homem foi acusado de transferir imagens e vídeos sexuais de crianças entre 12 e 18 anos. Na época da sua primeira prisão, Manchec tinha 69 anos a sua defesa alegpou que ele clicou nas imagens “por curiosidade”.

De acordo com sua página no LinkedIn, Manchec cursou a faculdade em Orsay, na França. Nessa página, diz que ele fundou a Aero Shade Technologies em 1987.

Em setembro de 2016, Manchec apelou ao tribunal para ser autorizado a viajar para a França a negócios, mas seu pedido foi rejeitado.

Com a data do julgamento, marcada para abril de 2017 se aproximando, um oficial do Departamento de Polícia da Flórida disse aos superiores que tinha evidências de que Manchec havia fugido. O advogado do milionário também disse aos investigadores que também não tinha notícias dele.

Em uma audiência inicial, uma testemunha de acusação disse que era provável que Manchec fugisse do país. Ele não compareceu ao tribunal e foi considerado foragido da justiça.

Durante seus três anos foragido, Manchec viveu em sua palaciana casa na França, o Chateau Pechrigal. Ele comprou a propriedade em 1998 e gastou uma fortuna reformando a impressionante local.

Nesta semana, o xerife Flowers disse que as autoridades francesas não consideraram as ofensas de Manchec sérias o suficiente para justificar a extradição. “Eles apenas disseram: 'Não vamos cooperar'. Isso não é um crime suficientemente grave. O xerife fez referência ao diretor de cinema Roman Polanski dizendo que eles não queriam que este caso fosse da mesma maneira”, explicou.

Polanski vive exilado das autoridades americanas desde janeiro de 1978 sob a acusação de ter drogado e estuprado uma menina de 13 anos.

Em 2020, Manchec viajou para a República Dominicana. Sua presença alertou as autoridades americanas que o prenderam na ilha caribenha e o trouxeram de volta ao sul da Flórida.

Manchec está registrado como presidente de várias empresas diferentes em Indian River County, incluindo Selective Properties Florida, Aero Shade Technologies, Inc. e MSA Aircraft Products, Inc.

O xerife Flowers disse que, nos últimos meses, os promotores estavam se preparando para levá-lo a julgamento depois de anos de adiamento de seus advogados. “Ele sentia o peso do julgamento chegando. Era iminente. Ele sabia que iria morrer na prisão como resultado dessas acusações, e este foi seu último esforço”, disse.

Em relação à fuga, o milionário se concentrou em uma consulta médica em 12 de abril para uma colonoscopia, que é um dos procedimentos médicos que não é realizado na prisão e exige que os presos saiam do local.

Mas pelo menos uma das pessoas que se envolveu involuntariamente avisou a polícia, permitindo que os investigadores desvendassem a trama. “A dica veio de um homem chamado Vance Brinkerhoff, vice-presidente da Aero Shade Technologies”, disse o xerife.

Os registros da empresa mostram que Manchec mantém uma função dentro da empresa, ele está listado como um agente. Ele não foi deposto do cargo de presidente até o final de 2022, apesar das acusações que enfrentou.

Brinkerhoff foi alertado pelo banco sobre uma retirada de US$ 5.000 por um funcionário chamado Benjamin Bashton, 67, de uma conta da empresa.

Bashton disse aos policiais após sua prisão que deu o dinheiro a uma mulher chamada Veronica Tomberg, que já havia sido presa por crime de furto. Ele seguiu as instruções de Manchec.

Após a transação, bastante nervoso, Bashton tirou uma foto da placa de carro da mulher, o que permitiu aos detetives identificá-la. O veículo está registrado em nome de Mark Tomberg.

Esse dinheiro era para um preso chamado Kerry Shepherd, 39, que serviria como vigia de dentro da prisão.

O trabalho de Shepherd era acisar às pessoas de fora, envolvidas na trama, quando Manchec saísse da prisão para sua consulta médica. Em 2018, Shepherd foi condenado a cinco anos de prisão por acusações de assalto à mão armada depois de ser considerado culpado de assaltar uma reserva natural em busca de narcóticos. Shepherd tem condenações anteriores por roubo e outras acusações menores desde 2006. Quando contatado por Brinkerhoff sobre a retirada, Bashton confessou que estava relacionado a Manchec e seu plano para escapar da prisão.

Bashton contou o plano para Brinkerhoff dizendo que havia dado uma maleta contendo alguns dos pertences de Manchec, incluindo uma garrafa de vodca, cartões bancários e de seguro e roupas, para três homens negros dentro do Flamingo Laundry Center, em Vero Beach.

Ao falar com as autoridades, Brinkerhoff disse que por indicação de Manchec, comprou um imóvel em Vero Beach por meio da empresa Selective Properties. Na época, dois homens que Brinkerhoff disse não conhecer estavam morando lá. Um deles era Byron Harvey, 48.

As autoridades rapidamente descobriram que Harvey havia sido companheiro de cela de Manchec.

Manchec pagou a fiança de Harvey, o que facilitou sua participação na trama, e então o colocou na folha de pagamento da Aero Shade Technologies, empresa que fabrica protetores solares para aviões.

Na prisão, Bashton disse que Manchec usou sua riqueza para exercer influência e pagar por proteção. Outro homem recrutado foi Hector Negron Espada, acusado de comportamento obsceno e lascivo com uma pessoa com menos de 12 anos em 2018. Ele agiu na contratação de pessoas em nome de Manchec.

Um desses homens é identificado como Craig Wilmouth, mas seu papel no plano de fuga não ficou claro.

Mais tarde, Bashton disse às autoridades que trabalhava para Manchec há 10 anos e que sabia que Harvey estava morando em uma casa de propriedade do milionário enquanto também usava seus vários carros.

Na coletiva de imprensa de segunda-feira, o xerife Flowers descreveu os envolvidos como pessoas que Manchec conheceu na prisão, assim como alguns de seus funcionários. “Brinkerhoff fez contato pela primeira vez com as autoridades em 10 de abril para contar sobre a retirada, bem como sua conversa com Bashton”, disse.

Um exame dos registros telefônicos feitos pelo acusado de dentro da prisão descobriu que ele usou as palavras-código “pintura” enquanto conversava com seus funcionários sobre a trama. As comunicações foram feitas através do sistema Smart Communications Jail Mail, um serviço de mensagens de texto, chamadas telefônicas e bate-papo por vídeo usado pelos presos.

Nessas conversas, as autoridades acreditam que Manchec usou a palavra “perfume” para significar spray de pimenta. “O plano previa que os funcionários de Manchec pulverizassem os guardas da prisão com spray de pimenta e o levassem para seu avião particular, o Navajo, nas proximidades de Fort Pierce, para que ele pudesse voar para a França”, explicou o xerife.

Harvey comprou dois carros, um Black Ford Van e um Silver Toyota Tundra, para serem usados ​​na fuga. O suspeito havia vigiado a área onde Manchec seria levado para sua colonoscopia. Harvey foi preso em 12 de maio. Ele foi interrogado por detetives e admitiu tudo e disse que seu envolvimento no plano era para 'extrair' dinheiro de Manchec.

Bashton disse que Harvey lhe ofereceu US$ 100.000 para assumir um papel mais direto no plano, uma oferta que disse ter recusado.

O grupo alistado para ajudar a realizar o plano de fuga deveria preparar seu avião, seu iate de 140 pés, uma van preta e outros veículos comprados apenas para a tentativa de fuga, de acordo com Flowers.

Registros online mostram que apenas três meses antes de sua primeira prisão, Manchec se casou com uma brasileira (enviou e-mail ao jornal pedindo a retirada do seu nome) . Ela administrou vários negócios no sul da Flórida desde seu casamento, incluindo uma loja de artes. Essa empresa foi dissolvida em 2018. Ela agora mora em Orlando.

Xerife Flowers anuncia a prisão dos envolvidos na fuga

Com o plano descoberto, Manchec continua detido e agora enfrenta acusação de tentativa de fuga, sob fiança de US$ 250.000.

Byron Harvey foi acusado de conspiração criminosa e uso ilegal de comunicação e está detido sob fiança de US$ 150.000. Ben Bashton e Kerry Shepherd estão detidos sob fiança de US$ 50.000 por acusações de conspiração criminosa. Os registros mostram que Bashton pagou a fiança e foi liberado.



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