Ex-Governador de NY critica Biden por crise imigratória do Estado: “Pior erro Governamental”

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Andrew Cuomo, ex-governador de New York e membro do Partido Democrata, lançou críticas ao governo federal pela onda de imigração ilegal no estado, descrevendo-a como "o pior erro governamental que já viu em sua vida".

Cuomo, que renunciou em 2021 após ser acusado de assédio sexual por várias mulheres, compareceu à Union Grove Missionary Baptist Church, no South Bronx, no sábado, dia 09, para discutir com os moradores sobre crime, falta de moradia e a crise imigratória.

"Olhem para New York. Vejam os problemas dos sem-teto, vejam os problemas relacionados a crimes, vejam o que está acontecendo no metrô", disse Cuomo. "E, além de tudo isso, agora temos um problema imigratório."

O ex-governador prosseguiu dizendo que esteve envolvido no governo durante toda a sua vida, trabalhando sob o ex-presidente Bill Clinton e ao lado de David Dinkins, prefeito de Nova York no início dos anos 1990.

"Este é o pior erro governamental que já vi em toda a minha vida", afirmou Cuomo. "Você tem o governo federal - onde tudo começa - parado na fronteira com um sinal que diz: 'Venham para os Estados Unidos da América e reivindiquem asilo'".

Cuomo então transferiu a culpa para o Estado, argumentando que o estado direciona os imigrantes apenas para a cidade de New York, "porque politicamente, para sua política, eles querem o problema em Nova York, e não querem o problema no resto do estado".

Desde a primavera de 2022, mais de 175.000 pessoas em busca de asilo chegaram à cidade ilegalmente, de acordo com dados oficiais. O prefeito Eric Adams, junto com uma coalizão de outros prefeitos estaduais, intensificou os apelos nos últimos meses para que a administração Biden envie ajuda federal para lidar com o fluxo.

"O prefeito Adams diz: 'Governo federal, você deve arcar com os custos'", disse Cuomo. "'Você começou isso' - o governo federal diz: 'Esqueci minha carteira em casa'."

Cuomo afirmou que o estado recusou-se a compartilhar os custos com Adams. Segundo o site da cidade, Nova York está pronta para gastar mais de US$ 12 bilhões até 2025 para lidar com o aumento contínuo de migrantes. Em 2023, a cidade gastou pouco menos de US$ 1,5 bilhão fornecendo comida, abrigo e outros serviços para os recém-chegados.

"Você quer que os contribuintes da cidade de Nova York paguem isso além do crime, além da falta de moradia, além dos impostos mais altos nos Estados Unidos da América", disse ele.

Segundo o site da cidade, "não parece haver uma desaceleração à vista para esta crise nacional".

"Os nova-iorquinos não pediram para assumir essa situação, mas muitos se dispuseram a ajudar os migrantes necessitados. Agora é hora de o resto de nosso governo estadual e federal fazer sua parte", conclui o site da cidade.

Tendas e abrigos de emergência surgiram em toda a cidade de Nova York, tornando-se uma nova norma para os moradores. Enquanto isso, Adams também pediu recentemente que as "leis de cidade santuário" fossem modificadas para permitir a deportação de migrantes ilegais que cometem crimes violentos.

"Mas aqueles pequenos números que cometeram crimes, precisamos modificar a lei da cidade santuário para que, se você cometer um crime grave ou um ato violento, possamos entregá-lo ao ICE e deportá-lo", disse Adams em uma reunião da cidade no mês passado.

Para aliviar o fardo dos contribuintes, a cidade começou a transportar os solicitantes de asilo para condados do interior do estado, o que alertou outros líderes locais. O Condado de Broome, a aproximadamente 180 milhas ao norte da cidade de Nova York, declarou estado de emergência no ano passado na tentativa de evitar mais chegadas.

Em janeiro, a governadora Kathy Hochul anunciou que US$ 2,4 bilhões do orçamento do estado liberal de US$ 233 bilhões seriam destinados à ajuda humanitária da cidade de Nova York. Parte dessa ajuda, segundo relatos, reembolsaria a cidade por alguns custos associados à gestão de abrigos de emergência.