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Publicado em 22/03/2024 as 8:00am

O perigo de usar Visto de Estudante para viver nos EUA

Os Estados Unidos é um dos destinos mais procurados pelos migrantes brasileiros. O Brasil está...

Os Estados Unidos é um dos destinos mais procurados pelos migrantes brasileiros. O Brasil está listado entre o 5º país de maior imigração para a América. Viver neste país como imigrante não é tarefa fácil, muitos renunciam ao status de cidadão em seu país de origem para viver como imigrante nos Estados Unidos. Aqui as leis são rigorosas e complexas, fazendo com que o estrangeiro em muitos casos fique refém de advogados e outros profissionais inescrupulosos que lucram às custas da fragilidade alheia.

Nesta matéria, o Brazilian Times fez uma entrevista exclusiva com Michelle Fernandes, fundadora e CEO da Approach International Student Center. A empresária traz informações relevantes sobre os perigos de se usar o status de estudante apenas para viver nos Estados Unidos, sem a real preocupação em estudar e aprender o idioma.

A empresária adverte sobre a importância de se calcular o custo-benefício para permanecer nos Estados Unidos com o visto de estudante apenas para manter o status. “Custa caro, deve-se calcular o tempo e o valor que se investe na escola apenas para ir passear e muitas vezes até atrapalhar a aula dos outros. Os advogados que compram processos encorajam os turistas a entrarem com mudança de status para o visto de estudante”.

Michelle nos conta que um dos motivos pelos quais muitas pessoas compram o visto de estudante para ficar nos Estados Unidos é por ele ser vendido nas redes sociais. O visto de estudante gera um alto custo quando a intenção é apenas de ficar nos Estados Unidos e não de estudar para aprender o idioma. Muitas pessoas até falam que querem aprender, mas que essa não é a prioridade.

Outro motivo que os advogados incentivam os turistas a mudarem o status para visto de estudante é o tipo de processo. Esse pessoal que compra processo, que compra Green Card de empresas que vendem determinados postos de trabalho é algo muito lucrativo para eles: “Não tem como manter um status de turista aqui por dois ou três anos. No entanto, se essa pessoa é um profissional, ele tem dois caminhos: O primeiro seria mudar o status para visto de estudante, gastando um dinheirão com a escola de inglês. Esse é o perfil do aluno que não estuda e fica dentro da escola, em muitos casos atrapalhando a aula e reclamando. Ou gastar 30 mil dólares para trabalhar em um fast food em um outro estado qualquer.

Um outro caminho mais viável, de acordo com Michelle seria: “Conseguir um emprego em uma empresa que faça o seu visto de trabalho, trocar o visto de turista para o H1B de trabalho, e ficar com esse visto enquanto estiver com o processo de Green Card, nesse caso a empresa deveria pagar o processo para o profissional, além de garantir salário e benefícios. Sempre existe a opção de uma empresa que vai valorizar o profissional, desde que ele faça um trabalho bem-feito, que seja uma pessoa com valores que alinham com aquela empresa”.

 Michelle faz uma séria advertência sobre a quantidade de dinheiro que as pessoas se submetem a pagar por um processo para pleitear um visto de trabalho:“Imagina o tanto que a pessoa precisa trabalhar para ganhar 30 mil dólares para se sustentar enquanto está aqui e para pagar este processo. É inviável, mas elas fazem acontecer pornecessidade. Desde que a pessoa tenha as informações para tomar essa decisão, tudo bem, a escolha dela deve ser respeitada porque está consciente da sua decisão. Mas o que eu pergunto é: okay, você vai passar a sua vida com o visto de estudante? Pense na sua vida falando inglês e não falando inglês”.

A CEO da Approach convida o aluno a fazer uma reflexão sobre este processo: “É importante que se façam as contas: Você passa três anos em uma escola e gasta 62 mil dólares, calcule o tempo que você está lá e o que você gasta de mensalidade na escola. Quanto é que você vai ganhar depois que receber seu Green Card, três anos mais tarde se você falar inglês? E quanto é que você vai ganhar se você não falar inglês?”

Michele relata que sempre pergunta para as pessoas que ela faz o Green Card, sobre o que mudou na sua vida? “Você só vai pagar imposto e poder viajar, ou mudou alguma coisa? Porque é importante enquanto a pessoa está em processo que ela tenha um crescimento profissional para na hora que chegar no final do processo, tenha oportunidades”.

Michelle julga importante trabalhar essa conscientização porque os dias passam e as pessoas vão perdendo tempo, dinheiro e oportunidades. “O que temos observado é que quando a pessoa tem o I140 aprovado eles param de estudar, porque muitas vezes o advogado fala, “agora você vai ajustar status e não precisa estudar mais”. Aí o ajuste de status é negado e a pessoa fica ilegal. A gente vê isso acontecer com muita frequência. Dentro da escola nós recomendamos que se espere o Green Card ser aprovado, mas sabemos que na cabeça do aluno ele pode pensar que a escola está querendo segurar ele, que a escola quer que ele pague mais, mas não é. Somente esse ano recebi mais de 60 mensagens de pessoas com o 485 negado, foram nossos alunos, transferiram de escola e tiveram o processo negado, depois do I140 aprovado, e ficaram ilegais, depois me mandam mensagens desesperadas. O que faço agora? Agora, eu não tenho o que fazer!

Quais são os perigos? Depois de a pessoa investir muito tempo e dinheiro, se trilhar o caminho errado poderá ficar fora de status, sem saber falar inglês, sem dinheiro e correndo o risco de receber uma carta de deportação. Por isso é preciso aprender a se planejar a longo prazo.

QUEM É A DONA DE UMA DAS MAIORES ESCOLAS DE INGLÊS DE MASSACHUSETTS

Michelle Ferreira nasceu em Curitiba, no Paraná, e arraigou-se em Vitória, ES. Há 35 anos vive nos EUA. Michelle veio para estudar inglês, sem a menor pretensão em criar um business. Hoje ela é a dona de uma das dez maiores escolas de inglês dos EUA.

Michelle nos conta que a Approach começou de uma maneira inesperada, não foi nada planejado. Ela conheceu um grupo de brasileiros que a apresentou ao dono de uma outra escola de inglês em Austin, MA. Eduardo era o dono dessa escola. “Uma pessoa sensacional de um coração enorme, mas que estava falido. Ele trabalhou a vida inteira em restaurantes, juntou dinheiro e abriu a franquia de uma escola chamada Brazilian American Language Institute.”

“Esses amigos me pediram para dar uma força ao Eduardo porque ele estava superendividado. Conheci o Eduardo, a escola, e os professores, conheci a situação e vi o que estava acontecendo, e na época, ele realmente pediu ajuda, sobre o que poderia fazer para sair das dívidas. Em dois meses e meio comecei a frequentar a escola durante duas horas por noite. E,em dois meses e meio consegui tirar ele das dívidas. Depois de pagar as contas ele me falou que não queria mais a escola, que iria fechar. Essa era a primeira vez que ele estava sem dívidas emtrês anos. Os professores e os alunos se desesperaram porque este era o único lugar onde osimigrantes podiam aprender inglês em Massachusetts”.

Diante dessa realidade, os professores pediram para Michelle ficar. O tempo foi passando, alguns professores saíram, e Michelle permaneceu. Lá ela conheceu o seu primeiro marido, se casou. Nesse ínterim, ficou com o prédio e com os professores, e a escola estava sem nome. Imaginem como Michelle convidava as pessoas para irem estudar inglês na escola em um contexto sem redes sociais: “Eu parava as pessoas na rua e dizia: Aqui você não pode ser surdo, cego e mudo. Literalmente eu estava approach nas pessoas. Eu sempre falava que elas não podiam ficar aqui sem falar inglês”.

Há 35 anos Michelle sustenta o seu discurso de que não dá para viver nos Estados Unidos sem falar inglês. As pessoas até sobrevivem sem o idioma, mas a questão é como elas sobrevivem. Uma pessoa não chega a seu potencial máximo sem falar inglês.

“Eu nunca planejei vir para os Estados Unidos, e criar uma escola de inglês. Vim para estudar inglês, continuei meus estudos, fiz pesquisa pela Harvard e MIT. Foi aí que comecei a ter contato com a realidade dos imigrantes. A escola foi crescendo e eu comecei a trabalhar com visto de estudante para os meus alunos não ficarem ilegais aqui. Todo mundo que conheci na escola estava sem documentação e trabalhando ilegalmente. Se um familiar passasse mal no Brasil, eles não podiam viajar para visitar. A pessoa estava presa, dentro de uma cadeia, ganhando dinheiro.

O objetivo da Approach sempre foi tornar o sonho da pessoa uma realidade com liberdade. Não uma realidade presa”.

Aprenda Inglês e não fique ilegal. Esse é o lema da Approach.

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Fonte: Eliana Marcolino

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