Biden pode conceder Green Cards a 4.000 imigrantes indocumentados por ano, revela relatório

Um relatório revelado recentemente mostrou que o Presidente Joe Biden está considerando conceder green cards a até 4.000 imigrantes indocumentados que enfrentam deportação, desde que tenham residido nos EUA por pelo menos uma década e não tenham sido condenados por "crimes graves".

De acordo com o Daily Mail, o Escritório Executivo para Revisão de Imigração (EOIR, sigla em inglês) do Departamento de Justiça, propôs tornar milhares de imigrantes residentes permanentes legais em setembro de 2023.

Para se qualificar para esse status, os imigrantes também devem ter "bom caráter moral" e argumentar que sofreriam "dificuldades excepcionais e extremamente incomuns" se fossem deportados.

"Você terá que esperar sua vez antes que um juiz de imigração possa aprovar sua inscrição", diz o documento da proposta. "Isso pode levar anos".

Nos primeiros 100 dias como presidente, Biden tomou várias ações executivas para reverter as políticas de imigração do ex-presidente Donald Trump, como o programa "Permaneça no México", ações posteriormente confirmadas em decisões judiciais federais.

O número de imigrantes cruzando ilegalmente para os EUA desde então bateu recordes a cada ano, com 7,4 milhões de pessoas sendo detidas na fronteira sul, de acordo com dados do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, sigla em inglês).

As autoridades de fronteira também capturaram 270 pessoas cujos nomes estão em listas de observação de terrorismo, nos anos fiscais de 2022 e 2023, com outras 50 tendo sido encontradas até agora no ano fiscal de 2024.

Mais de 85% dos imigrantes que entram nos EUA foram posteriormente libertados e ficaram no país, revelou o Secretário de Segurança Interna Alejandro Mayorkas no início deste ano, junto com 1,8 milhão de imigrantes que fugiram da captura.

Além disso, mais de 320.000 imigrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela também entraram diretamente nos EUA devido à expansão da concessão de liberdade condicional humanitária de Biden.

O programa de liberdade condicional chamou a atenção nacional no mês passado depois que um venezuelano que entrou ilegalmente nos EUA em 2022 e foi acusado de assassinar a estudante de enfermagem da Geórgia, Laken Riley.

Biden citou o nome dela durante seu discurso sobre o estado da União e referiu-se ao seu suposto assassino, Jose Ibarra, como "ilegal" — apenas para se desculpar depois e dizer que deveria ter usado o termo "sem documentos".

Os republicanos no Congresso criticaram a administração Biden por abandonar as políticas de imigração da era Trump e relaxar as regras para deter e remover a maioria dos migrantes.

Durante uma viagem em janeiro à fronteira entre os EUA e o México, o presidente da Câmara, Mike Johnson (R-La.), relatou que um xerife local afirmou aos legisladores republicanos que "levou menos de seis meses para a administração Biden desmantelar 100 anos de progresso que o Patrulha da Fronteira dos EUA tinha alcançado".

Sobre a possibilidade de o governo legalizar os milhares de imigrantes, pouco ficou revelado, nem quando e como isso começará a acontecer.

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Fonte: Da redação