Juiz diz ter provas suficientes para incriminar brasileira acusada de homicídio na Virgínia

Um juiz da Virgínia encontrou na segunda-feira, dia 1º, provas convincentes o suficiente para dar prosseguimento ao caso contra uma au pair brasileira de 24 anos acusada de matar no ano passado um homem que havia invadido e acabado de matar a dona da casa onde era au par

De acordo com Juliana Peres Magalhães, ela saiu da casa de Brendan e Christine Banfield, em Herndon, por volta das 7:30 a.m. do dia 24 de fevereiro de 2023, com a filha de 4 anos di casal a tiracolo.

Os documentos judiciais dizem que ela estava levando a menina para o Zoológico Nacional em Washington DC, mas a brasileira voltou porque havia esquecido os lanches.

Quando retornou à casa, encontrou um carro estranho e tentou ligar para Christine Banfield, que não atendeu. Então, ela telefonou para Brendon Banfield, um investigador criminal do Internal Revenue Service (IRS). Ele correu para a casa, e os dois entraram em uma suíte no segundo andar, onde encontraram um estranho atacando Christine, esfaqueando-a várias vezes.

Brendon atirou no estranho com sua arma de serviço, mas ele ainda ficou vivo. Então, disse ára a brasileira para pegar outra arma em um cofre no banheiro para que pudessem atirar nele novamente.

Juliana obedeceu e ela mesma atirou no homem, posteriormente identificado como Joseph Ryan. O tiro acertou no peito do estranho.

Detetives começaram a investigar e descobriram que Ryan, 39 anos, havia sido contatado por Christine Banfield - ou alguém que se fazia passar por ela - através de um site de fetiche sexual. Mas amigos e familiares disseram que as comunicações encontradas em nome de Banfield não correspondiam à Christine Banfield que conheciam, levando os detetives a se perguntarem se alguém além de Banfield havia marcado o encontro entre ela e Ryan para aquela manhã.

Detetives eventualmente prenderam a brasileira em outubro de 2023 sob acusações de assassinato em segundo grau e uso de arma de fogo em um crime grave. Antes da prisão, eles voltaram ao local do crime e encontraram fotos de Brendan Banfield e da brasileira no quarto que Banfield compartilhava com sua esposa, bem como lingerie de Juliana.

A brasileira negou que estivessem tendo um caso.

"Eu suspeitei desde o início - e fui ao local desse duplo assassinato - que haveria muitas reviravoltas nesta investigação", disse o chefe de polícia do condado de Fairfax, Kevin Davis, durante o curso da investigação. "Acredito que seremos capazes de responsabilizar mais do que apenas uma pessoa por este crime".

Na audiência de segunda-feira, eles apresentaram evidências de que Banfield e a au pair haviam ido a um campo de tiro juntos duas vezes nas semanas anteriores ao tiroteio, e que Banfield havia voltado e comprado um Glock - aquele que a brasileira usou para atirar em Ryan.

Mas Banfield invocou a Quinta Emenda em quase todas as perguntas feitas a ele no tribunal na segunda-feira, depois que seu advogado disse ao juiz que ele o faria para evitar se incriminar. Em certo momento, ele até se recusou a dizer se estava casado com Christine Banfield na época do tiroteio.

Até agora, ninguém foi acusado pela morte de Christine Banfield. Um grande júri deverá analisar o caso ainda este mês.

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Fonte: Da redação