Governadora Healey defende resposta de Massachusetts na crise imigratória

À medida que uma crise imigratória em Massachusetts se estende para o segundo verão consecutivo, a governadora Maura Healey permanece firme em sua defesa da resposta e dos gastos de seu governo. Em meio a meses de tensão no sistema de abrigos do estado, ela expressou confiança em sua administração, argumentando que fez o necessário diante dos desafios apresentados por milhares de estrangeiros que buscam abrigo no estado da Baía.

Em uma entrevista à WCVB, Healey destacou que a legislação de Massachusetts não oferece muita margem de manobra para os governadores quando se trata de fornecer abrigo para os necessitados. "Temos uma lei que nos obriga a abrigar as pessoas", afirmou ela. Essa posição ressoa com sua experiência como ex-procuradora-geral, onde ela compreendeu os limites e obrigações legais do cargo.

Healey também contextualizou a situação, apontando que o superlotado sistema de abrigos não é um problema originado pelo estado em si, mas sim uma questão federal. Ela enfatizou que a inação do governo federal contribuiu para o aumento do número de imigrantes em Massachusetts e em todo o país.

Healey mencionou um acordo bipartidário que estava sobre a mesa há semanas, mas que foi rejeitado pelos republicanos no Congresso após a recusa de Donald Trump em concordar com uma reforma imigratória.

Desde novembro passado, quando o sistema de abrigos atingiu sua capacidade máxima, Healey tem enfrentado o desafio de lidar com o influxo contínuo de novos chegados. O custo para abrigar famílias nesses abrigos se aproxima de US$ 1 bilhão anualmente, uma carga financeira que recai inteiramente sobre o estado, dada a falta de acordo no Congresso.

No entanto, Healey enfatizou que cada dólar gasto em abrigar migrantes é um investimento em comunidades locais. Ela destacou que metade das famílias atualmente abrigadas são nativas de Massachusetts, ressaltando a diversidade e a inclusão que são valores fundamentais do estado.

A governadora revelou que sua administração implementou medidas para gerenciar o fluxo de migrantes, estabelecendo um limite no número de famílias que o estado irá custear e buscando oportunidades para realocar essas famílias em moradias permanentes e empregos estáveis. Até o momento, quase 4.000 autorizações de trabalho foram processadas para imigrantes, visando preencher as demandas do mercado de trabalho local.

De acordo com o Escritório Executivo de Habitação e Comunidades Habitáveis, até sexta-feira passada, 7.490 famílias estavam alojadas nos abrigos fornecidos pelo estado. Esse número reflete a escala do desafio que Healey e sua administração enfrentam, mas também a determinação em encontrar soluções que beneficiem tanto os migrantes quanto as comunidades locais.

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Fonte: Da redação