Homem que matou enteada e se matou em Acton (MA) é brasileiro

Da redação

Nesta quinta-feira, da 30 de maio, a comunidade em Massachusetts foi abalada com a notícia de que uma jovem de 16 anos foi sequestrada e morta pelo seu padrasto em um aparente assassinato seguido de suicídio.

O corpo dos dois foi encontrado dentro de um carro na cidade de Acton. As informações foram divulgadas pelo promotor distrital do Condado de Middlesex.

Os investigadores relataram que o homem identificado como Juliano Santana, de 49 anos, sequestrou a menina enquanto ela caminhava pela Great Road, perto de sua casa, depois da escola. Em seguida, ele a colocou dentro de seu carro, atirou nela e depois em si mesmo.

A polícia relatou que em 2021, o brasileiro foi acusado de estuprar a menina e ela tinha uma ordem de restrição ativa contra ele.

Eles foram encontrados em um estacionamento fora da casa da vítima.

O gerente do Donelan's Markets disse que a vítima ligou para um irmão do estacionamento dizendo que Santana a sequestrou. A família dela então chamou a polícia que saiu em busca da menina.

Eles só foram encontrados porque o brasileiro usava uma tornozeleira eletrônica, o que facilitou a localização.

Documentos judiciais dizem que tudo começou em outubro de 2019, quando a vítima teria cerca de 11 anos de idade.

Na acusação de Santana, processada pelo Tribunal Distrital de Malden, a fiança foi fixada em US$ 30.000 com a condição de que ele usasse o dispositivo de monitoramento GPS e não tivesse contato com a vítima ou qualquer menor de 18 anos.

A data do julgamento estava marcada para 29 de julho de 2024, de acordo com o promotor público.

“Estamos com o coração partido ao saber que um de nossos alunos do ensino médio morreu ontem à noite”, disse o superintendente das escolas de Acton-Boxborough, Peter Light, em um comunicado na sexta-feira. "Nossos pensamentos estão focados no aluno, em sua família, amigos e em nossa equipe. Não temos mais informações para compartilhar sobre o incidente ou investigação. Temos um plano em vigor, incluindo conselheiros nas escolas, para apoiar alunos e funcionários”, acrescentou.

Uma fonte revelou que Santana trabalhava há 5 anos para uma empresa de uma empresária dona de vários móveis e prédios em Malden (Massachusetts) e fazia a manutenção das câmaras de segurança desses locais.

Essa fonte revelou que sempre via Santana no trabalho e de acordo com ela, ele jurava de pé junto que nunca teve nada com a enteada e que tudo aquilo era um complô que estavam fazendo contra ele. “Ele nunca admitiu de verdade que tinha molestado a moça”, continuou a fonte.

De acordo ainda com a fonte, depois da pandemia, ele foi ao Brasil, e a irmã dele morreu de coronavírus. A mãe dele também estava muito doente com Covid e ele ficou com o psicológico bastante abalado.

Um mês depois que a irmã morreu, a mãe também morreu. “Quando ele voltou para os Estados Unidos, começou a enfrentar as acusações e entrou mais ainda em depressão diante de toda a situação”, disse a fonte.

Ele era muito calmo e educado para conversar. “Eu conversei com ele há uma semana e ele disse que estava indo tudo bem no caso e que tudo estava se resolvendo”, disse a fonte. “Nós que trabalhamos com eles estamos inconformados com o que ele fez. Realmente ele não parecia esse tipo de pessoa”, acrescentou.

Santana era natural da Bahia e era dono da empresa de instalação de câmeras de segurança Media BR. Ele deixa duas filhas pequenas, frutos do relacionamento com a mãe da enteada morta.