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Publicado em 12/12/2024 as 1:00pm

Casal procurados pela Interpol por golpe milionário em Goiás pode estar nos EUA

A defesa do casal, que é representada por um advogado, reagiu às acusações, afirmando que Vinicius e Camila têm mais de 10 anos de experiência no setor e que o problema financeiro recente foi causado por dificuldades econômicas.


Camila Rosa Melo e Vinicius Martini de Mello são procurados pela Polícia Civil de Goiás

Os nomes de Vinicius Martini de Mello, corretor de grãos, e sua esposa, Camila Rosa Melo, foram incluídos na lista da Interpol como procurados pela justiça, sob suspeita de aplicar um golpe milionário contra produtores rurais em Goiás. A Polícia Civil acredita que o casal tenha fugido para os Estados Unidos após cometer uma série de crimes, incluindo estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

De acordo com o delegado Márcio Henrique Marques, assim que os mandados de prisão foram expedidos, o casal foi incluído na Difusão Vermelha da Interpol, uma medida que visa sua captura internacional. "Agora, eles podem ser capturados em qualquer lugar onde se encontrem, inclusive no exterior", informou o delegado, apontando para a possibilidade de o casal estar nos Estados Unidos, onde podem ter se refugiado após o golpe.

A defesa do casal, que é representada por um advogado, reagiu às acusações, afirmando que Vinicius e Camila têm mais de 10 anos de experiência no setor e que o problema financeiro recente foi causado por dificuldades econômicas. O advogado alegou que o casal está tentando honrar seus compromissos e que acordos de pagamento com credores estão em andamento, questionando, portanto, a caracterização dos fatos como crimes.

A investigação, iniciada em junho deste ano, revelou que o casal utilizou sua atuação no mercado de grãos para cometer fraudes financeiras de grande escala. Os dois são acusados de comprar grãos de produtores rurais de Rio Verde, sem efetuar o pagamento, e revender os produtos a outros compradores. Além disso, o grupo é acusado de sonegar impostos ao não recolher os tributos devidos, o que causou grandes prejuízos ao Estado de Goiás. O delegado detalhou que a organização criminosa utilizava "empresas noteiras", responsáveis por emitir notas fiscais falsas, e contratava laranjas para ocultar a verdadeira natureza das transações.

A operação "Deméter", realizada entre os dias 28 e 29 de novembro, cumpriu 34 mandados de busca e apreensão e resultou na prisão de quatro pessoas em diversas cidades de Goiás, incluindo Rio Verde, Morrinhos, Goiânia e outras. Durante a operação, quase 470 veículos, aeronaves, imóveis de luxo e outros bens no valor aproximado de R$ 200 milhões foram apreendidos. A polícia também solicitou o bloqueio de cerca de R$ 19 bilhões, valor suspeito de ter sido movimentado ilegalmente pelo grupo nos últimos três anos.

Além das acusações de estelionato e sonegação fiscal, a investigação revelou que o grupo também praticava lavagem de dinheiro. Os criminosos usavam os recursos desviados para financiar um estilo de vida luxuoso, ostentando propriedades de alto valor, como caminhões bitrens, carros importados e joias.

A defesa de dois dos presos na operação afirmou que as acusações são "indevidas" e que estão tomando todas as medidas legais para garantir a liberdade dos investigados. Já os advogados responsáveis pelas outras duas pessoas presas alegaram confiar na inocência de seus clientes, mas preferiram não comentar mais detalhes do caso devido ao sigilo processual.

A Polícia Civil de Goiás continua a investigação e está empenhada em localizar Vinicius e Camila, enquanto o processo segue em busca de responsabilizar todos os envolvidos nesse esquema criminoso que causou enormes prejuízos financeiros para os produtores rurais e o estado de Goiás.

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