Uma técnica cirúrgica inovadora, criada por um médico brasileiro, chamou a atenção da comunidade internacional de urologia no domingo (27), durante o Encontro Anual da Associação Americana de Urologia (AUA), realizado em Las Vegas, Nevada.
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Brasileiro apresenta técnica inovadora para aumento da espessura peniana em congresso nos EUA

Da redação
Uma técnica cirúrgica inovadora, criada por um médico brasileiro, chamou a atenção da comunidade internacional de urologia no domingo (27), durante o Encontro Anual da Associação Americana de Urologia (AUA), realizado em Las Vegas, Nevada. O procedimento, batizado de Dart-Vag, foi desenvolvido pelo urologista Ubirajara Barroso Jr. e promete resultados permanentes no aumento da espessura do pênis, utilizando tecidos do próprio corpo do paciente.
Professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Barroso Jr. é referência também em cirurgias de redesignação sexual. A nova técnica utiliza a pele do escroto em conjunto com a túnica vaginal — membrana que recobre os testículos — para criar um enxerto natural e definitivo, ao contrário de métodos temporários, como as injeções de ácido hialurônico, que perdem efeito após cerca de dois anos.
“O procedimento é indicado apenas quando há necessidade clínica, e não por motivos estéticos”, frisa o especialista. Casos de afinamento peniano por envelhecimento, cirurgias prévias como a de próstata, doença de Peyronie ou a condição congênita conhecida como pênis embutido são os principais alvos da técnica. Homens com micropênis também podem ser beneficiados.
Segundo Barroso Jr., o aumento pode variar entre 2 e 3 centímetros na circunferência, preservando o ganho tanto em estado flácido quanto ereto. No entanto, ele alerta que o procedimento não altera o comprimento do pênis, e que seu uso em pacientes sem indicação médica é desaconselhado. “Não faz sentido submeter alguém a uma cirurgia invasiva apenas por vaidade. Existe um ideal irreal de beleza, muito reforçado pela pornografia”, diz.
A cirurgia, como qualquer procedimento reconstrutivo, envolve riscos, como hematomas, infecções ou abertura de pontos, mas, até agora, não foram registrados casos de disfunção erétil ou perda de sensibilidade. Mais de 30 pacientes já passaram pela operação. Em um estudo apresentado no congresso, com dez homens diagnosticados com pênis embutido, todos relataram melhora na autoestima e no desempenho sexual após a cirurgia — ganhos considerados mais psicológicos do que físicos.
O desenvolvimento da técnica foi iniciado em um projeto de doutorado e segue todas as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM). Atualmente, Barroso Jr. coordena um programa de capacitação na UFBA para médicos interessados em dominar o procedimento.
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) reconhece o Dart-Vag como “uma inovação promissora no campo da medicina regenerativa”, mas alerta: o uso da técnica com finalidade estética, fora de protocolos de pesquisa, não é recomendado. “Seu uso deve ser criterioso, restrito a casos específicos e com supervisão especializada”, afirma a entidade.
Com potencial para transformar a abordagem de condições que afetam a saúde física e mental de muitos homens, a nova técnica representa um avanço relevante — embora, como ressaltam os especialistas, deva ser aplicada com responsabilidade e ética médica.
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