Uma operação envolvendo agentes do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) e outras agências federais resultou na prisão de duas pessoas na manhã de quarta-feira (8), na Eureka Street, em Worcester (Massachusetts).
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Candidata ao Comitê Escolar de Worcester é presa ao tentar impedir prisão de brasileira pelo ICE

Uma operação envolvendo agentes do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) e outras agências federais resultou na prisão de duas pessoas na manhã de quarta-feira (8), na Eureka Street, em Worcester (Massachusetts). A ação gerou indignação entre moradores, ativistas e autoridades locais, especialmente pela falta de um mandado judicial no momento da detenção de uma brasileira.
Segundo testemunhas, os agentes federais estavam na residência para prender a mulher, o que atraiu uma multidão de apoiadores e manifestantes ao local. Entre os presentes estavam a vereadora do Distrito 5, Etel Haxhiaj, e dezenas de residentes que protestaram contra a presença dos agentes e o suposto uso excessivo de força por parte da polícia local.
Vídeos postados nas redes sociais mostram parte do confronto, incluindo o momento em que Ashley R. Spring, candidata ao Comitê Escolar de Worcester pelo Distrito A, é detida pela polícia. Presa em frente às ruas Eureka e Stafford, Spring, de 38 anos, foi acusada de agressão a um policial e interferência em uma operação policial. A polícia afirma que ela empurrou oficiais e jogou um líquido não identificado sobre eles.
Mesmo algemada, Spring falou com a imprensa. “A comunidade decidiu que aquelas mulheres eram livres para ir embora. Quando elas tentaram exercer esse direito, a polícia tentou arrancar um bebê de quatro semanas dos braços da mãe”, afirmou. “Eles não tinham mandado. Nenhum. E se recusaram a apresentar qualquer documento.”
A Polícia de Worcester disse que respondeu a uma chamada às 11h15 relatando que um agente federal havia sido cercado por um grupo hostil. “Os policiais não estavam inicialmente na cena, mas foram chamados quando a situação se intensificou”, informou a corporação em nota. “As duas prisões foram resultado do comportamento das pessoas envolvidas.” Os detalhes completos das acusações ainda não foram divulgados.
A ativista Jill Phillips, moradora de Worcester, afirmou ter visto agentes se recusarem a apresentar um mandado e alegarem que a mulher “sabia o que deveria fazer” e que “deveria se apresentar ao tribunal naquele dia”.
Após a mulher ser colocada em um veículo, testemunhas relataram que sua filha a seguiu e acabou sendo detida também. Nenhuma das duas havia comparecido diante de um juiz até o fim da tarde de quarta-feira.
O gerente municipal de Worcester, Eric D. Batista, divulgou uma nota em que reafirma que a cidade não colabora com detenções civis do ICE, conforme determina a legislação estadual. “A cidade de Worcester e o Departamento de Polícia não auxiliam operações civis do ICE. No entanto, temos a responsabilidade de proteger a paz e cumprir a lei”, afirmou.
A vereadora Haxhiaj, presente no local, preferiu não comentar o ocorrido. Já o vice-presidente da Câmara Municipal, Khrystian E. King, participou de uma vigília em frente ao Tribunal do Condado de Worcester mais tarde, organizada por ativistas. “É essencial que as pessoas conheçam seus direitos”, declarou King. “Situações como essa causam impactos profundos nas famílias.”
O ICE, procurado para comentar, limitou-se a dizer que não se pronuncia sobre operações em andamento.
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