A médica brasileira Dra. Débora Vianna foi recentemente convidada para participar de um programa de fellowship, na renomada Harvard University, nos Estados Unidos
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Dra Débora Vianna: Médica brasileira foi convidada para programa de bolsa de estudos de Harvard University
Eliana Marcolino
A médica brasileira Dra. Débora Vianna foi recentemente convidada para participar de um programa de fellowship, na renomada Harvard University, nos Estados Unidos — um feito que reforça sua trajetória de excelência e compromisso com a medicina de ponta. O convite, feito pelo departamento de cirurgia de cabeça e pescoço da universidade, levou a especialista ao centro cirúrgico do Massachusetts Eye and Ear Hospital, onde aprofundou seus conhecimentos em cirurgia robótica e tratamento de tumores avançados. A experiência em Harvard não apenas ampliou sua atuação profissional, como também consolidou seu nome entre os principais especialistas da área.
Com uma carreira marcada por formação sólida, experiência internacional e um olhar profundamente humano sobre o cuidado com o paciente, Dra. Débora é hoje uma referência nacional no tratamento de câncer de cabeça e pescoço. Natural de Ribeirão Preto (SP), criada em Jacutinga (MG) e atualmente radicada em São Paulo, ela coordena a CSJ Oncologia ao lado do marido, Dr. Pablo Quintana, unindo tecnologia avançada e abordagem multidisciplinar em sua prática clínica.
Nesta entrevista exclusiva ao jornal Brazilian Times, a médica compartilha os principais marcos de sua carreira, fala sobre os aprendizados adquiridos em Harvard, destaca a importância do diagnóstico precoce e revela o diferencial de um atendimento humanizado e especializado.
A seguir, confira a entrevista na íntegra:
Brazilin Times – BT: Quem é Débora Vianna, me fale um pouco das suas origens?
Débora Vianna – DV: Sou natural de Ribeirão Preto, SP, mas fui criada em Jacutinga, MG, uma cidade do interior; meus pais são médicos, então desde criança sempre vivi a dedicação deles à medicina. Desde cedo, me interessei por ajudar as pessoas e a medicina sempre foi uma paixão. Por isso, mudei para São Paulo para me especializar em cirurgia de cabeça e pescoço, área que considero fascinante por sua complexidade e impacto direto na qualidade de vida dos pacientes. São Paulo se tornou minha casa, onde construí minha carreira e formei minha família.
BT: Qual é a sua formação acadêmica, onde você se formou?
DV: Minha formação começou com a graduação em Medicina pela PUC-Campinas (2008), seguida pela residência médica em Cirurgia Geral na mesma instituição (2010). Depois, fui para o Hospital Heliópolis, em São Paulo, onde concluí a residência médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço em 2012. Também fiz pós-graduação em Cuidados Paliativos e Cirurgia Robótica pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Em 2022, terminei o doutorado em Câncer de Boca e Laringe pela USP, e recentemente, em 2024, finalizei meu pós-doutorado focado em câncer de laringe, também na USP.
BT: Você trabalha em qual hospital ou clínica?
DV: Atualmente, coordeno junto ao meu marido a CSJ Oncologia, minha clínica especializada no tratamento de câncer de cabeça e pescoço, fundada em parceria com meu marido, Dr. Pablo Quintana.
Temos uma equipe com cirurgiões de cabeça e pescoço, além de uma estrutura multidisciplinar, com nutricionistas, fonoaudiólogos e cirurgião plástico reconstrutivo, proporcionando um atendimento completo aos pacientes. Também realizo cirurgias em hospitais renomados de São Paulo, como o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Santa Catarina, Hospital Sírio-Libanês, Vila Nova Star, Rede D’Or e Beneficência Portuguesa.
BT: Qual foi o motivo da sua estadia em Harvard? Você foi convidada pela Harvard para qual missão?
DV: Em 2024, fui à Harvard Medical School para participar de um curso sobre tecnologias no tratamento da tireoide e paratireoide. A primeira participação foi uma oportunidade incrível de aprendizado, e a segunda, em abril de 2024, foi ainda mais especial, pois fui convidada a um fellowship, que é um programa de bolsa de estudos no departamento de cirurgia de cabeça e pescoço, com enfoque em tumores avançados e cirurgia robótica, no centro cirúrgico do Massachusetts Eye and Ear Hospital. Foi uma experiência que realmente ampliou minha visão sobre as técnicas mais inovadoras no tratamento desses tumores.
BT: Como foi a sua estadia em Harvard? Como você se sente?
DV:A estadia em Harvard foi transformadora. Foi um momento de muito aprendizado, mas também de reflexão sobre o impacto das novas tecnologias e técnicas nos tratamentos que oferecemos aos nossos pacientes. Eu me senti muito honrada e grata pela oportunidade de estar lá, principalmente por poder trazer essa experiência de volta ao Brasil e implementá-la em minha prática. Não só a parte técnica foi valiosa, mas também o contato com outros especialistas, que me motivaram a continuar buscando inovação e tratamento personalizado em meu campo de atuação.
BT: Qual é o diferencial do seu trabalho?
DV:O diferencial do meu trabalho está na abordagem humanizada e personalizada que oferecemos aos nossos pacientes. Não se trata apenas de realizar uma cirurgia, mas de cuidar do paciente de forma integral. Na CSJ Oncologia, temos uma equipe composta por cirurgiões de cabeça e pescoço, cirurgião plástico, fonoaudiólogos, nutricionistas, que trabalham juntos para garantir a melhor recuperação possível em todas as esferas: física, emocional e funcional. Esse cuidado completo faz toda a diferença na jornada do paciente.
BT: Qual é a informação mais relevante que você gostaria de ressaltar nesta matéria?
DV: Gostaria de destacar que tumores avançados de cabeça e pescoço podem ser tratados com a combinação de tecnologia de ponta, cirurgia especializada, quimioterapia e radioterapia, proporcionando uma sobrevida melhor e mais qualidade de vida aos pacientes. Temos um grande know-how no tratamento desses casos complexos, com protocolos modernos e técnicas atualizadas. No entanto, reforço que o diagnóstico precoce continua sendo essencial. Quando o câncer é detectado no início, as chances de cura são muito maiores e o tratamento pode ser menos agressivo. Por isso, é fundamental que sintomas como rouquidão persistente, dificuldade para engolir e nódulos no pescoço sejam avaliados o quanto antes por um especialista.
BT: Qual é a chave do sucesso para você?
DV: A chave do meu sucesso está na dedicação ao que faço, na busca constante por conhecimento e em tratar cada paciente de forma individualizada. Além disso, tenho muito orgulho de trabalhar em equipe, com profissionais de altíssimo nível, que são essenciais para o bom resultado do tratamento. A medicina é uma constante evolução, e acredito que, para ter sucesso, devemos estar sempre atualizados e, acima de tudo, oferecer um atendimento humanizado.
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Instagram: @dradeboramvianna
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