Imigrante acusado de abusar de crianças no Brasil é descoberto vivendo em uma creche em Massachusetts: ‘Assustador’

Um homem condenado por estuprar uma menina de 13 anos no Brasil fugiu para os Estados Unidos e foi localizado vivendo em uma residência que também funcionava como creche licenciada, em Massachusetts, segundo uma reportagem.

Andre Tiago Lucas, identificado como pai dos filhos da proprietária da creche, deixou o Brasil após ser sentenciado, em 2016, a nove anos e quatro meses de prisão. De acordo com o Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE), ele foi detido por agentes federais em Cape Cod, em outubro.

“É algo aterrorizante… saber que um brasileiro condenado por estupro de menor conseguiu fugir do país, chegar a Massachusetts e viver escondido em uma casa que servia de creche para crianças pequenas”, declarou o xerife do Condado de Worcester, Lew Evangelidis, à emissora Boston 25 News.

A creche foi fechada, e a dona, Franciele Nunes, optou por não renovar sua licença, conforme a reportagem.

Segundo a Boston 25, a licença da creche foi emitida em março de 2022 pelo Departamento de Educação e Cuidado Infantil de Massachusetts (EEC), que realizou cinco inspeções no local, mas não identificou qualquer indício de que Lucas estivesse morando lá. Ainda não se sabe por quanto tempo ele viveu na residência.

O EEC exige que todos os moradores ou visitantes frequentes de creches domiciliares passem por verificações de antecedentes.
Contudo, mesmo que Lucas tivesse sido identificado, dificilmente teria sido barrado, já que o órgão não realiza checagens criminais internacionais nem verifica situação imigratória, informou a reportagem.

A ligação de Lucas com o local só foi descoberta quatro meses após sua prisão pelo ICE.

O deputado estadual Steven Xiarhos expressou preocupação com a falha no sistema de segurança infantil nas creches do estado.

“É fundamental garantir que cada creche seja realmente segura. Isso inclui fazer as verificações necessárias e observar atentamente o ambiente durante visitas para identificar possíveis riscos”, afirmou Xiarhos.

“Nossas crianças são inocentes, e ao deixá-las em uma creche, estamos confiando suas vidas a terceiros”, concluiu.