Em fevereiro de 2026, vai completar duas décadas de um dos casos mais enigmáticos da comunidade brasileira nos Estados Unidos: o desaparecimento de Carla Vicentini, uma jovem paranaense de 23 anos que deixou o Brasil em busca de um sonho e nunca mais foi vista.
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O maior mistério da comunidade brasileira nos EUA: desaparecimento de Carla Vicentini vai completar 20 anos
Em fevereiro de 2026, vai completar duas décadas de um dos casos mais enigmáticos da comunidade brasileira nos Estados Unidos: o desaparecimento de Carla Vicentini, uma jovem paranaense de 23 anos que deixou o Brasil em busca de um sonho e nunca mais foi vista.
Natural de Goioerê, no interior do Paraná, Carla embarcou para os Estados Unidos em 18 de janeiro de 2006, com o objetivo de estudar inglês e trabalhar durante um intercâmbio. Inicialmente, ela foi para Dover, mas diante das más condições de trabalho e moradia, decidiu mudar-se para Newark, em Nova Jersey. Menos de um mês depois, em 9 de fevereiro, Carla desapareceu sem deixar rastros.
O caso mobilizou autoridades americanas e brasileiras. O FBI, que investiga o desaparecimento, oferece até hoje uma recompensa de US$ 20 mil por informações que levem ao paradeiro da jovem. Segundo o relatório da agência federal, Carla foi vista pela última vez saindo de um bar acompanhada de um homem, com quem teria ido até um carro para ver uma foto. Testemunhas relataram que, na ocasião, ela aparentava estar intoxicada.
Desde então, nenhuma pista concreta foi encontrada. Para a mãe, Tânia Vicentini, a dor da ausência é diária. “É como se ela tivesse sido abduzida… Nenhum rastro. Falei com ela todos os dias até o dia do desaparecimento. Ela estava feliz e louca para eu ir visitá-la. Ela não se cansava de agradecer a Deus por estar tendo a oportunidade de realizar um sonho”, relembra.
Ao longo dos anos, Tânia viveu um turbilhão de emoções, entre momentos de total desesperança e lampejos de fé. “Vi tantas ossadas de garotas sendo encontradas e indo pra exames de DNA para ver se era minha filha. Enterrei muitas garotas que não eram a minha filha. Com isso, não conseguia ver mais chances de ela estar viva”, relata.
Um dos objetos mais valiosos para a mãe é uma carta escrita por Carla, na qual a jovem agradece por ser filha de Tânia, pede desculpas por ser “rebeldinha” e declara seu amor.
O Itamaraty chegou a acompanhar o caso nos dois primeiros anos, mas o contato com as autoridades norte-americanas foi se perdendo ao longo do tempo. “Aqui nada podemos fazer. Tudo que poderia ser feito junto às autoridades brasileiras já foi tentado”, lamenta Tânia.
Hoje, ela se apoia na fé e na memória da filha para seguir em frente. “Revirar as dores faz sangrar feridas e a dor é inevitável. Mas talvez essa esperança que ainda carrego seja uma tática de sobrevivência. Ou apenas uma força dentro de mim que insiste em acreditar.”
O caso de Carla Vicentini segue aberto e continua sendo um dos maiores mistérios envolvendo brasileiros nos Estados Unidos. Qualquer informação pode ser enviada diretamente ao FBI, que mantém o alerta ativo mesmo após 20 anos.
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