Um imigrante ilegal recentemente deportado dos EUA é suspeito de planejar um ataque contra fãs no show de Lady Gaga. Ele foi preso antes do evento, que reuniu milhões de pessoas no Rio de Janeiro.

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Suspeito de ataque em show da Lady Gaga é imigrante ilegal deportado dos EUA

As autoridades brasileiras revelaram que um homem suspeito de planejar um atentado contra fãs da cantora Lady Gaga foi deportado dos Estados Unidos no mês passado.
Luis da Silva, de 44 anos, teria arquitetado um ataque brutal durante o megashow da artista na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que reuniu 2,5 milhões de pessoas. De acordo com investigadores, ele pretendia instalar explosivos perto do palco e transmitir ao vivo a execução de crianças.
“O suspeito alegou que a cantora era satanista e que ele realizaria um ritual semelhante, matando uma criança durante a apresentação”, afirmou o delegado Felipe Curi, da Polícia Civil do Rio, em entrevista coletiva.
Ainda não se sabe o motivo exato da deportação de da Silva dos Estados Unidos.
Ele e um adolescente de 17 anos foram presos poucas horas antes do início do show, após a polícia descobrir o plano terrorista. Ambos usavam a plataforma Discord para tentar influenciar jovens a cometerem atos de violência contra crianças e membros da comunidade LGBTQ+.
Segundo o boletim da polícia, o plano envolvia o uso de coquetéis molotov e mochilas com explosivos.
Da Silva chegou a ser detido por posse ilegal de arma no estado do Rio Grande do Sul, mas foi liberado mediante fiança, o que gerou revolta entre políticos locais.
A deputada federal Erika Hilton criticou a soltura e afirmou nas redes sociais: “O grupo que ele liderava promovia pedofilia, misoginia e ódio contra pessoas LGBTQIA+ nas redes. Além disso, ele portava uma arma ilegal no momento da prisão.”
O adolescente cúmplice foi detido por posse de pornografia infantil em sua residência no Rio, mas seu status atual sob custódia não foi divulgado.
As autoridades destacaram que a atuação rápida da polícia evitou uma tragédia.
“Foi uma ação conjunta que impediu a morte de centenas de pessoas. Esses grupos agem de forma organizada, buscando visibilidade e atraindo principalmente adolescentes e até crianças”, explicou Luiz Lima, chefe do Departamento de Repressão aos Crimes de Informática da Polícia Civil do Rio.
Mandados de busca foram executados em quatro estados: Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Em São Vicente (SP), um jovem de 16 anos confessou envolvimento com a rede liderada por da Silva e teve sua casa revistada. Ele disse que sua função era criar perfis falsos para espalhar mensagens de ódio, mas negou ter participado da conspiração com bombas.
Lady Gaga não foi informada sobre a ameaça antes do evento, pois as autoridades preferiram evitar pânico.
O show marcou sua primeira apresentação no Brasil em mais de dez anos e quebrou o recorde mundial de maior público para um artista solo, antes pertencente a Madonna.
A cantora ainda não comentou o caso. Em nota divulgada no domingo, sua equipe disse: “Soube da suposta ameaça por meio da imprensa nesta manhã. Antes e durante o show, não houve qualquer alerta de risco por parte das autoridades.”
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