Vivemos tempos em que o coração humano se tornou frio, insensível e indiferente à dor alheia. As pessoas deixaram de olhar para a própria família, perderam o hábito de se importar com quem está ao lado e passaram a viver de forma cada vez mais individualista.
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Um alerta à indiferença

Vivemos tempos em que o coração humano se tornou frio, insensível e indiferente à dor alheia. As pessoas deixaram de olhar para a própria família, perderam o hábito de se importar com quem está ao lado e passaram a viver de forma cada vez mais individualista. O que antes era um laço de cuidado e solidariedade, hoje parece ter sido substituído por um egoísmo que só cresce.
A solidariedade saiu do coração. O sofrimento do próximo virou apenas mais um conteúdo nas redes sociais, onde muitos preferem rir da desgraça alheia do que estender a mão. Vemos, com tristeza, pessoas zombando de brasileiros que estão sendo deportados dos Estados Unidos, fazendo piadas cruéis com o revés que essas famílias estão enfrentando. Não há compaixão, não há empatia. Apenas um prazer mórbido em assistir a queda dos outros.
E como se isso não bastasse, a indiferença diante das guerras no mundo escancara ainda mais essa frieza coletiva. Pessoas acompanham os conflitos como se estivessem assistindo a uma final de Copa do Mundo, escolhendo lados e torcendo como se o sofrimento humano fosse um espetáculo esportivo. Mas que troféu esperam ganhar com tamanha insensibilidade?
Em todas as nações em conflito, há mães chorando a morte de filhos inocentes, pais enterrando o que restou de seus lares e idosos que, sem forças para fugir, aguardam o fim, impotentes diante de um aviso de ataque iminente. Crianças estão perdendo seus pais em bombardeios e, com isso, perdem também qualquer esperança de um futuro seguro.
Passamos por uma pandemia que tirou milhares de vidas ao redor do mundo. Sofremos, choramos e, por um breve momento, parecia que a humanidade tinha aprendido alguma lição sobre cuidado e o valor da vida. Mas, infelizmente, o que vemos hoje é que pouco ou nada mudou. A correria do dia a dia voltou, o egoísmo se fortaleceu e a ignorância permanece como uma das doenças mais perigosas da nossa era. E contra ela, ainda não há vacina.
Diante dos nossos olhos, um filme de terror da vida real se desenrola em tempo contínuo, sem pausa e sem previsão de desfecho. A cada novo amanhecer, muitos ainda tentam acreditar que tudo não passa de um pesadelo coletivo. Mas basta alguns minutos para que a dura realidade se imponha, deixando claro que o que vivemos está longe de ser ficção.
As cenas que hoje assistimos: de sofrimento, perdas e crises, um dia estarão registradas em livros de história. Serão roteiros de filmes premiados, interpretados por atores renomados, com trilhas sonoras emocionantes. Arrancarão lágrimas dos telespectadores e provocarão a pergunta inevitável: “Como tudo isso pôde acontecer?”
Uma pergunta que certamente será feita no futuro, mas que, no presente, ainda não temos como responder. É difícil acreditar que, em uma era em que a inteligência artificial avança em ritmo acelerado, a inteligência humana tenha regredido a ponto de não se importar em desenvolver armamentos capazes de destruir o planeta inteiro. A contradição é evidente: enquanto a tecnologia evolui, a consciência coletiva parece caminhar na direção oposta, alimentando conflitos que colocam em risco a própria sobrevivência da humanidade.
Que Deus abençoe a América. Que Ele tenha misericórdia das nações em guerra e que, de alguma forma, reacenda em nossos corações a chama da solidariedade.
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