No entanto, ele foi condenado no Brasil em junho de 2023 pelo Tribunal do Júri de Fortaleza (CE), por 11 homicídios, três tentativas de homicídio e quatro crimes de tortura física e psicológica. A pena total imposta foi de 275 anos e 11 meses de prisão.
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Brasileiro é condenado em Boston por ocultar em pedido de asilo sua participação em 11 assassinatos no Brasil

Um brasileiro foi condenado no dia 29 de maio a 16 meses de prisão por mentir em seu pedido de asilo e em uma audiência de imigração nos Estados Unidos. A sentença foi proferida por um tribunal federal em Boston, Massachusetts.
Antônio José de Abreu Vidal Filho, de 31 anos, foi indiciado por um grande júri federal em maio de 2024 e declarou-se culpado de duas acusações de perjúrio em fevereiro de 2025.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, Abreu omitiu sua participação em um episódio ocorrido em novembro de 2015 conhecido como o “Massacre do Curió”, quando fazia parte da Polícia Militar do Estado do Ceará, corporação à qual se juntou em 2014. Segundo a promotoria, o caso envolveu o assassinato de 11 pessoas — em sua maioria adolescentes — além de feridos graves e vítimas de tortura física e psicológica.
As autoridades brasileiras denunciaram 45 envolvidos, incluindo Abreu, que, após ser solto para responder em liberdade em maio de 2017, fugiu do Brasil, solicitando um visto de visitante B2 para os Estados Unidos.
Na solicitação, ele afirmou nunca ter sido preso ou condenado por qualquer crime. O visto foi concedido, e ele entrou no país por Miami (Flórida) em 2018.
Em janeiro de 2020, durante o processo de asilo, Abreu voltou a negar que tivesse sido acusado, preso ou interrogado em outro país. Em uma audiência de imigração realizada em fevereiro de 2024, declarou que nunca mentiu às autoridades de imigração e justificou a omissão dizendo que, à época, ainda não havia sido formalmente preso.
No entanto, ele foi condenado no Brasil em junho de 2023 pelo Tribunal do Júri de Fortaleza (CE), por 11 homicídios, três tentativas de homicídio e quatro crimes de tortura física e psicológica. A pena total imposta foi de 275 anos e 11 meses de prisão.
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