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Brasileiro é deportado após buzinar para carro do ICE em Massachusetts

Segundo essas organizações, práticas como detenções sem mandado, deportações forçadas e separações familiares têm se tornado cada vez mais comuns, especialmente entre imigrantes latino-americanos.


No início da manhã de 7 de maio, o brasileiro Samarone Alves Ferreira de Souza, residente em Massachusetts, saiu de casa para mais um dia de trabalho. Ao ser fechado por um veículo não identificado, ele fez o que qualquer motorista faria: buzinou. A reação, no entanto, desencadeou uma sequência dramática de eventos. O carro era ocupado por agentes do Departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, sigla em inglês), e ele foi imediatamente detido, mesmo alegando não saber que se tratava de uma operação policial.

Pai de um bebê de quatro meses e casado com Augusta Clara Moura, também brasileira, Samarone foi levado a uma prisão no estado da Louisiana, onde permaneceu sob custódia federal. O advogado de defesa afirmou que o brasileiro se recusou a assinar documentos de deportação. No entanto, segundo ele, os papéis foram assinados por outra pessoa, e ele foi deportado para Fortaleza, no Ceará, no dia 25 de maio.

A detenção de Samarone teve efeitos devastadores para a família. No dia seguinte à sua prisão, sua sogra, Rosane Ferreira de Oliveira, também brasileira, foi presa nas ruas de Worcester em uma operação do ICE considerada caótica. Segundo relatos, a confusão foi tão intensa que a polícia local precisou ser acionada, e quase dez viaturas compareceram ao local. Rosane permanece detida.

As consequências da ação migratória vão além das prisões. As duas filhas menores de Rosane, de 13 e 16 anos, estão sob custódia do Departamento de Crianças e Famílias (DCF), separadas da mãe e sem previsão de reunificação familiar. A esposa de Samarone, Augusta, planeja viajar com o filho pequeno ao Brasil nesta sexta-feira, 6 de junho, para se reunir com o marido.

A situação da família Souza Oliveira tem gerado indignação entre ativistas e organizações de defesa dos direitos dos imigrantes, que denunciam a crescente militarização das operações migratórias e a falta de transparência nos procedimentos do ICE.

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O caso reacende o debate sobre a política migratória dos EUA e o impacto humanitário das ações do ICE, especialmente em comunidades vulneráveis. Para Samarone e sua família, o custo da deportação vai muito além da distância geográfica: representa uma ruptura traumática e, possivelmente, irreparável na vida de todos os envolvidos.

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