Agentes sem identificação teriam levado crianças dos braços de cuidadoras; episódio gera indignação e alerta para escalada da repressão imigratória nos EUA
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Denúncias em Los Angeles: babás detidas por agentes do ICE em parques públicos

Relatos chocantes vindos da Califórnia nesta semana dão conta de que agentes do Departamento de Imigração e Alfândegas dos Estados Unidos (ICE, sigla em inglês) teriam detido babás em parques públicos de Los Angeles, levando crianças pequenas — algumas ainda em carrinhos de bebê — dos braços de suas cuidadoras. Segundo testemunhas e publicações nas redes sociais, as detenções ocorreram à luz do dia, por agentes em veículos não identificados.
“Cuidadores. Cuidando de crianças. Em parques. Detidos por agentes federais. As crianças levadas dos braços das pessoas encarregadas de protegê-las”, escreveu o jornalista Jerrod Zisser, que vem acompanhando os casos e divulgando informações em tempo real.
De acordo com as denúncias, as babás não tinham antecedentes criminais e estavam legalmente exercendo suas funções. Ainda assim, foram abordadas sem mandados judiciais ou explicações formais. O episódio gerou uma onda de indignação nas redes sociais e mobilizou organizações de direitos civis e autoridades locais.
“Imagine ser pai ou mãe e receber essa ligação”, disse uma ativista de Los Angeles que acompanha famílias afetadas pela repressão imigratória.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, teria se emocionado ao falar sobre o caso. “Suas lágrimas não foram performáticas. Foram reais”, relatou Zisser. “Porque esse momento é insuportável para qualquer pessoa decente.”
Organizações como a ACLU e a National Immigration Law Center exigem uma investigação imediata e transparência nas ações do ICE, que vêm sendo cada vez mais criticadas por práticas vistas como abusivas e desumanas. O órgão ainda não se pronunciou oficialmente sobre os relatos.
“Não é preciso ser democrata para se revoltar. Basta ser humano”, escreveu Zisser. “Porque quando permitimos esse tipo de crueldade em silêncio, perdemos um pedaço da nossa alma nacional.”
A pergunta que ecoa entre ativistas, juristas e famílias é simples e assustadora: se Trump pode fazer isso com babás em um parque, quem será o próximo?
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