Ex-campeão mundial de boxe é preso nos EUA e será deportado

O ex-campeão mundial dos pesos médios, Julio César Chávez Jr., foi detido por agentes do Departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, sigla em inglês) por permanecer de forma irregular no país. A prisão ocorreu em Studio City, Califórnia, poucos dias após sua derrota em combate contra Jake Paul. De acordo com autoridades americanas, o boxeador será deportado para o México, onde enfrenta acusações criminais graves.

Segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS, sigla em inglês), Chávez Jr. entrou nos Estados Unidos com visto de turista em agosto de 2023, mas permaneceu no país após o vencimento do documento, em fevereiro de 2024. A permanência irregular motivou a ação do ICE, que classificou o lutador como uma “ameaça significativa à segurança pública”.

A detenção ocorreu enquanto o atleta circulava de patinete em frente à própria residência. De acordo com seu advogado, Michael Goldstein, a abordagem envolveu vários agentes federais. Ele classificou o episódio como excessivo e infundado. “As acusações são absurdas e representam mais uma tentativa de intimidar a comunidade”, afirmou Goldstein, que alegou desconhecer a localização atual do cliente.

Além da situação migratória, Chávez Jr. é alvo de um mandado de prisão no México, onde é investigado por envolvimento com o crime organizado e tráfico de armas, munições e explosivos. As autoridades mexicanas apontam supostas ligações do atleta com o cartel de Sinaloa, um dos mais poderosos grupos criminosos do país.

Julio César Chávez Jr., de 38 anos, é filho do lendário pugilista Julio César Chávez e chegou a conquistar o título mundial dos médios pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB). No entanto, sua carreira tem sido marcada por polêmicas dentro e fora dos ringues.

O caso ainda está em andamento, e a deportação deve ocorrer nos próximos dias, conforme decisão das autoridades americanas. A defesa promete recorrer.