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Famílias em Connecticut enfrentam alta nos preços dos alimentos e buscam estratégias para economizar

O peso dos preços crescentes nas prateleiras dos supermercados tem sido sentido por famílias em todo o estado de Connecticut. Com o custo dos alimentos em constante alta, moradores como Keisha Taylor-Davis, de New Haven, estão adotando estratégias criativas para garantir o sustento diário da família sem comprometer o orçamento.

Da redação

O peso dos preços crescentes nas prateleiras dos supermercados tem sido sentido por famílias em todo o estado de Connecticut. Com o custo dos alimentos em constante alta, moradores como Keisha Taylor-Davis, de New Haven, estão adotando estratégias criativas para garantir o sustento diário da família sem comprometer o orçamento.

“Usamos o que temos”, disse Taylor-Davis, que se tornou quase uma especialista em compras com o desafio de alimentar sua família em meio ao aumento dos preços. “É o básico que as famílias precisam: café da manhã, almoço e jantar, todos os dias.”

Segundo dados do Bureau de Estatísticas Trabalhistas dos EUA, os preços dos alimentos consumidos em casa subiram 2,4% desde março de 2024. Entre os produtos com maior alta estão carnes, aves, peixes e ovos, que aumentaram 7,9%. Produtos de panificação subiram 1,1%, laticínios 2,2%, bebidas não alcoólicas 2,4% e outros itens alimentares 1,1%. Isso significa que uma família que gastava cerca de US$ 200 por semana em supermercado no ano passado pode estar pagando cerca de US$ 250 a mais por ano agora.

A Connecticut Food Association estima que, mesmo antes dos novos impactos tarifários, o gasto médio anual de uma família americana com supermercado deve chegar a US$ 8.363 em 2025 — um aumento em relação aos US$ 8.167 registrados em 2024.

Para enfrentar esse cenário, Taylor-Davis compartilha uma rotina de compras pensada nos mínimos detalhes. “Se está em promoção, compramos em grande quantidade, lavamos, preparamos, congelamos e usamos nas refeições da semana.” Na casa dela, o lema é “não desperdiçar para não faltar”, transformando frutas maduras em sobremesas, por exemplo.

A visão de que desperdiçar comida equivale a jogar dinheiro fora também é compartilhada por Amanda Webster, de Watertown. Mãe de família, ela contou que usa ferramentas como o ChatGPT para criar receitas com os ingredientes que tem em casa, reduzindo o desperdício e otimizando os recursos. “Assim usamos todos os ingredientes ao longo da semana”, disse.

Para evitar compras por impulso, Webster passou a fazer pedidos online e até eliminou alguns itens da rotina alimentar. Mas, além da inflação, um novo fator preocupa especialistas: o impacto das tarifas sobre importações. Em março, o governo Trump elevou para 25% as tarifas sobre aço e alumínio importados, afetando não só alimentos, mas também suas embalagens.

“Estamos em um período de instabilidade, e haverá grandes oscilações para todos os lados”, afirma David Tomczyck, professor de empreendedorismo e estratégia da Universidade de Quinnipiac. Ele destaca que frutas, vegetais, cereais e alimentos industrializados devem sofrer ainda mais variações de preço nos próximos meses.

Segundo Tomczyck, essas mudanças econômicas inevitavelmente impactarão o comportamento alimentar das famílias. “As pessoas podem começar a dizer: ‘Talvez eu não precise de tantos cereais açucarados ou frutas frescas’ e buscar alternativas. O jantar americano pode começar a mudar.”

Diante desse cenário desafiador, as soluções variam desde a produção própria de alimentos até a adoção de estratégias simples de economia. “Cada dólar economizado faz diferença”, reforça o professor.

Apesar das dificuldades, a mensagem de quem vive essa realidade é de resistência e adaptação. “As pessoas estão fazendo o melhor que podem”, disse Amanda Webster. E Keisha Taylor-Davis completa: “Enquanto não pudermos mudar isso, vamos fazer o melhor com o que temos.”

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