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Governadora do Alabama nomeia novo presidente do Conselho de Perdões e Liberdades Condicionais após críticas à gestão anterior

A governadora do Alabama, Kay Ivey, anunciou nesta segunda-feira (8) a nomeação de Hal Nash, atual vice-chefe de correções do Gabinete do Xerife do Condado de Jackson, como novo presidente do Alabama Board of Pardons and Paroles. Nash substituirá Leigh Gwathney, cuja gestão foi marcada por críticas de legisladores e defensores da reforma do sistema de justiça criminal.

Da redação

A governadora do Alabama, Kay Ivey, anunciou nesta segunda-feira (8) a nomeação de Hal Nash, atual vice-chefe de correções do Gabinete do Xerife do Condado de Jackson, como novo presidente do Alabama Board of Pardons and Paroles. Nash substituirá Leigh Gwathney, cuja gestão foi marcada por críticas de legisladores e defensores da reforma do sistema de justiça criminal.

A decisão ocorre após o término oficial do mandato de Gwathney na semana passada, cercado por especulações sobre sua possível recondução. Em nota, a governadora afirmou que Nash traz uma importante “visão da aplicação da lei” e que ele garantiu que tomará decisões com imparcialidade, sempre priorizando a segurança pública.

“Ele me assegurou que cada decisão será tomada com justiça e com o objetivo principal de manter o povo do Alabama seguro”, disse Ivey.

Hal Nash atua há cinco anos no Condado de Jackson e também já trabalhou no Gabinete do Xerife do Condado de DeKalb. Em entrevista, declarou estar “honrado” com a indicação e reconheceu o peso da função: “Essa não é uma posição para ser encarada levianamente. Embora eu acredite que as pessoas possam mudar, essa função exige considerar, antes de tudo, a segurança dos cidadãos do Alabama.”

O xerife de Jackson, Rocky Harnen, elogiou a escolha: “Sabemos que Hal tem vasta experiência tanto na área de fiscalização quanto em correções, e estamos confiantes de que ele representará bem o estado.”

Cam Ward, diretor da Agência de Perdões e Liberdades Condicionais do Alabama, também endossou a nomeação, afirmando que Nash representará com competência a comunidade de segurança pública.

 

Saída de Gwathney divide opiniões

Nomeada em 2019, Leigh Gwathney assumiu o cargo em meio à pressão política após o caso de Jimmy O’Neal Spencer, liberado em liberdade condicional em 2017, que mais tarde cometeu três assassinatos em Guntersville, incluindo o de uma criança de sete anos. O episódio levou a mudanças nas leis de liberdade condicional do estado e a um endurecimento das regras para liberação de presos.

Durante seu mandato, Gwathney enfrentou severas críticas por parte de grupos de direitos civis e legisladores, especialmente pelo declínio drástico nas taxas de concessão de liberdade condicional — de mais de 50% em 2017 para apenas 8% em 2023. Em 2025, esse índice subiu para 26%, após pressão legislativa.

Chris England, deputado estadual democrata de Tuscaloosa, foi um dos críticos mais contundentes de Gwathney. Ele afirmou que a mudança representa “uma oportunidade para reavaliar como o estado conduz os processos de perdão e liberdade condicional”, e destacou a importância de a nova gestão cumprir prazos legais e tornar os procedimentos mais transparentes.

Durante uma audiência da Comissão de Supervisão Prisional em outubro, Gwathney foi criticada por respostas evasivas e pelo atraso na atualização das diretrizes de condicional — um requisito legal que só foi cumprido recentemente após a ameaça de corte de verbas legislativas para o ano fiscal de 2026.

 

Reações do meio jurídico e de vítimas

Lauren Faraino, advogada de direitos civis que chegou a processar o conselho por supostas violações legais, disse que a ação da governadora é encorajadora: “Embora a liberdade condicional não seja um direito garantido, as pessoas presas devem ter esperança de que poderão ser liberadas por bom comportamento.”

Carla Crowder, diretora da organização Alabama Appleseed, que atua pela reforma do sistema criminal, também elogiou a mudança: “Durante a gestão Gwathney, o conselho sequer seguiu a lei ao criar novas diretrizes obrigatórias. O fim dessa era é motivo de alívio para muitos.”

Por outro lado, Steve Marshall, procurador-geral do Alabama, elogiou Gwathney na semana passada e chegou a solicitar formalmente sua recondução, com o apoio de entidades policiais. Um pedido de comentário enviado ao gabinete do procurador-geral ainda não foi respondido.

Wanda Miller, diretora da organização de vítimas VOCAL, defendeu Gwathney: “Ela foi injustamente responsabilizada por decisões que não estavam inteiramente sob seu controle. Serviu bem ao estado, mas acabou pagando o preço político.”

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