O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, pode estar prestes a expandir de forma significativa sua política de restrições migratórias. Um memorando confidencial do Departamento de Estado, obtido pelo jornal The Washington Post, revela que autoridades americanas avaliam impor novas barreiras à entrada de cidadãos de 36 países — a maioria localizada na África, além de nações do Caribe, da Ásia Central e ilhas do Pacífico.
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Governo Trump estuda ampliar restrições de entrada a cidadãos de 36 países, revela memorando

Da redação
O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, pode estar prestes a expandir de forma significativa sua política de restrições migratórias. Um memorando confidencial do Departamento de Estado, obtido pelo jornal The Washington Post, revela que autoridades americanas avaliam impor novas barreiras à entrada de cidadãos de 36 países — a maioria localizada na África, além de nações do Caribe, da Ásia Central e ilhas do Pacífico.
Entre os países que poderão ser afetados estão aliados estratégicos dos EUA, como Egito e Djibuti. Segundo o documento, assinado pelo secretário de Estado Marco Rubio e datado de sábado (14), os governos dessas nações receberam um prazo de 60 dias — que se encerra na próxima quarta-feira (18) — para se adequarem a novos padrões exigidos pelo Departamento de Estado.
As justificativas apontadas no memorando incluem a incapacidade de emitir documentos de identidade confiáveis, altos índices de fraude governamental, presença significativa de cidadãos que excedem o tempo de permanência legal em solo americano e até atividades consideradas antissemitas ou antiamericanas.
O Departamento de Estado não quis comentar oficialmente o teor do documento.
Embora o memorando não especifique uma data para o início da aplicação das restrições, o texto informa que os países que apresentarem medidas corretivas poderão evitar as sanções. Além disso, se estiverem dispostos a aceitar cidadãos de outras nações que foram deportados dos EUA ou que aguardam decisão sobre pedidos de asilo, também poderão ser poupados.
Países sob risco de sanções
A lista de possíveis alvos inclui: Angola, Antígua e Barbuda, Benin, Butão, Burkina Faso, Cabo Verde, Camboja, Camarões, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Djibuti, Dominica, Etiópia, Egito, Gabão, Gâmbia, Gana, Quirguistão, Libéria, Malaui, Mauritânia, Níger, Nigéria, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Tomé e Príncipe, Senegal, Sudão do Sul, Síria, Tanzânia, Tonga, Tuvalu, Uganda, Vanuatu, Zâmbia e Zimbábue.
Essa possível ampliação se soma à ordem executiva assinada por Trump no início de junho, que já havia bloqueado completamente a entrada de pessoas oriundas de países como Afeganistão, Mianmar, Chade, Irã, Iêmen e Somália. Outros países, como Cuba, Venezuela e Turcomenistão, tiveram restrições parciais impostas.
A medida, caso seja levada adiante, poderá afetar relações diplomáticas com dezenas de nações e ampliar críticas à política migratória do governo Trump, já marcada por uma postura rigorosa em relação à entrada de estrangeiros. Para analistas, a proposta reflete uma visão cada vez mais restritiva sobre segurança nacional e controle de fronteiras, em meio a um cenário eleitoral polarizado.
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