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ICE vai exigir prova de status imigratório em jogos da Copa do Mundo de Clubes Flórida

A FIFA e os organizadores locais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o episódio.


A decisão do Departamento de Imigração e Controle de Alfândegas dos Estados Unidos (ICE, sigla em inglês) de exigir que não cidadãos estadunidenses portem prova de status imigratório durante os jogos da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 causou inquietação entre torcedores e defensores dos direitos dos imigrantes.

O torneio internacional, que reúne alguns dos principais clubes de futebol do mundo, terá início neste sábado (14), com a primeira partida programada para Miami Gardens, na Flórida. O evento marca a estreia dos Estados Unidos como país-sede da competição.

A polêmica teve início após uma publicação no X (antigo Twitter) da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) afirmar que agentes estariam “equipados e prontos para garantir a segurança na primeira rodada de jogos”. A mensagem foi posteriormente excluída sem explicação. Já o ICE, em resposta à emissora NBC News 6, confirmou que todos os estrangeiros presentes ao evento deverão portar documentos que comprovem sua situação legal no país.

Questionada pelo Miami Herald, a agência justificou a exigência alegando tratar-se de um procedimento de segurança comum em eventos de grande porte:

“Como é habitual em eventos dessa magnitude, com implicações para a segurança nacional, o ICE atuará em conjunto com o Departamento de Segurança Interna (DHS) e o Departamento de Justiça para garantir a proteção de todos os participantes.”

Apesar disso, o contexto político acirrado e o histórico de endurecimento das políticas migratórias do governo Trump — especialmente sob a orientação do conselheiro Stephen Miller — levantam temores entre comunidades imigrantes. O receio é de que a exigência funcione como mecanismo de intimidação, inibindo a presença de imigrantes, documentados ou não, em um dos maiores eventos esportivos do ano.

Miami-Dade, condado de maioria latina e importante reduto eleitoral conservador, pode ver parte do público potencial evitar o torneio por medo de abordagens discriminatórias ou ações de fiscalização ostensiva.

Organizações de direitos civis compararam a exigência à prática de solicitar “papéis de liberdade”, citando casos recentes de ações agressivas de agentes do ICE em áreas públicas e comerciais, como mercados e redes de varejo. Em reportagens anteriores, o Wall Street Journal revelou tentativas do governo Trump de intensificar detenções em locais frequentados por trabalhadores imigrantes.

Além do impacto social, analistas temem que a polêmica possa comprometer a venda de ingressos, já considerada lenta, segundo fontes próximas à organização do evento.

A FIFA e os organizadores locais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o episódio.

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