Reformas no programa SMART vão acelerar crescimento da energia solar, reduzir contas de luz e fortalecer a rede elétrica estadual
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Novo pacote solar da administração Healey-Driscoll promete US$ 300 milhões em economia por ano em Massachusetts

Da redação
A governadora Maura Healey e a vice-governadora Kim Driscoll anunciaram um conjunto de novas políticas solares que prometem transformar o setor energético de Massachusetts, com benefícios estimados em US$ 300 milhões por ano para consumidores e o meio ambiente. As medidas incluem atualizações no programa de incentivos solares SMART, cortes de encargos nas contas de luz e estímulos à geração solar local, com foco em comunidades de baixa renda e uso sustentável da terra.
“A energia solar é rápida, barata e já está transformando o modo como a nossa rede elétrica opera”, afirmou a governadora Healey. “Queremos avançar no mesmo ritmo de estados como Flórida e Texas para garantir mais confiabilidade e preços mais baixos para todos.”
SMART 3.0: incentivo, proteção ambiental e justiça social
A nova versão do programa SMART (Solar Massachusetts Renewable Target) estabelece um modelo mais simples e eficaz de incentivo, com taxas fixas para residências, benefícios adicionais para famílias de baixa renda, e exigências rigorosas de proteção ao consumidor. Um dos destaques é a criação de um fundo de mitigação ambiental, que investirá em conservação e biodiversidade com recursos obtidos de grandes projetos solares.
Além disso, projetos instalados em telhados, estacionamentos, aterros sanitários e terrenos contaminados terão incentivos extras, priorizando o uso de áreas já impactadas. O programa também incluirá revisões anuais baseadas em análise econômica, permitindo ajustes rápidos diante de mudanças no mercado.
Redução de encargos e contas de luz mais baratas
Como parte da Agenda de Acessibilidade Energética, o governo estadual prevê a eliminação gradual de antigos programas de créditos solares, que atualmente geram altos encargos para os consumidores. A expectativa é que os usuários vejam uma redução de até US$ 20 por mês nas contas de luz até 2027, representando cerca de US$ 1,5 bilhão em economia em cinco anos.
O novo projeto de lei também reduz os créditos de net metering (compensação por energia gerada), sobretudo para grandes instalações, equilibrando o custo-benefício para os consumidores. A proposta exigirá que esses projetos participem do programa SMART, assegurando incentivos justos e sob controle de custos.
Energia confiável, menos poluição e mais empregos
A energia solar já contribui significativamente para a estabilidade da rede elétrica de Massachusetts. No dia 20 de abril de 2025, por exemplo, mais de 55% da demanda de energia da região foi suprida por sistemas solares distribuídos, marcando um recorde histórico de baixa demanda na rede.
Apesar disso, o estado caiu para a 26ª posição no ranking nacional de novas instalações solares em 2024, após anos no topo. Com 374 MW de projetos parados, os gargalos de licenciamento, conexão e retorno financeiro são os principais desafios. A administração Healey-Driscoll busca destravar esses projetos por meio de reformas na regulamentação e investimentos em infraestrutura, além de recuperar empregos perdidos — hoje há 10% menos trabalhadores na indústria solar em comparação com 2018.
Apoio amplo do setor e da sociedade civil
Líderes de associações, empresas e organizações sociais celebraram as mudanças. Valessa Souter-Kline, da Solar Energy Industries Association, destacou que o programa “garante uma rede confiável, bons empregos e contas mais baratas”. Já Steve Long, da Nature Conservancy, elogiou o equilíbrio entre avanço tecnológico e conservação ambiental.
Para Kate Daniel, da Coalition for Community Solar Access, o momento é urgente: “Com cortes federais iminentes, o avanço do SMART 3.0 garante acesso à energia solar acessível para quem mais precisa.”
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