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Polícia do México descobre 383 corpos abandonados em crematório particular em cidade que faz fronteira com os EUA

As investigações continuam, e o escândalo expõe falhas graves na fiscalização do setor funerário mexicano.


A polícia mexicana encontrou 383 corpos embalsamados e abandonados em um crematório particular em Ciudad Juárez, no norte do país e divisa com os Estados Unidos, em uma descoberta chocante que está sendo tratada como um dos maiores escândalos funerários da história recente do México. A informação foi confirmada por promotores do estado de Chihuahua nesta terça-feira (1º).

De acordo com o Ministério Público estadual, os corpos estavam empilhados em várias salas do prédio, sem qualquer ordem ou respeito às normas sanitárias e legais. “Um total de 383 corpos foram recuperados, dos quais 218 são do sexo masculino, 149 do sexo feminino e 16 ainda não identificados”, declarou Javier Sanchez Herrera, diretor de Serviços Forenses.

Todos os cadáveres estavam embalsamados e, segundo os promotores, acredita-se que tenham certidões de óbito, conforme os protocolos exigidos para cremação. A suspeita é de que esses corpos tenham sido velados e enviados ao crematório para incineração, mas o procedimento jamais foi realizado. Com isso, há a possibilidade de que familiares tenham recebido urnas contendo materiais falsos em vez das verdadeiras cinzas de seus entes queridos.

Durante a operação policial, duas pessoas foram presas sob acusações de sepultamento ilegal, exumação indevida e maus-tratos a cadáveres ou restos mortais. As autoridades acreditam que os detidos operavam o crematório, que era subcontratado por pelo menos cinco funerárias da região — em alguns casos, desde 2019.

O procurador-geral de Chihuahua, Cesar Jáuregui, afirmou que a responsabilidade não se limita aos operadores do estabelecimento. “As ações ou omissões das autoridades responsáveis por supervisionar esses tipos de estabelecimentos serão investigadas”, garantiu.

O caso gerou forte comoção em Ciudad Juárez e em todo o país. Familiares de pessoas que foram cremadas no local nos últimos anos já começaram a procurar o Ministério Público em busca de respostas. A expectativa é que exames laboratoriais sejam realizados para tentar identificar todos os corpos e esclarecer as circunstâncias do crime.

As investigações continuam, e o escândalo expõe falhas graves na fiscalização do setor funerário mexicano.

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