Steve Bannon pede investigação e deportação de Elon Musk por suposto status imigratório irregular

Em entrevista ao jornal The New York Times, Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca e figura central no movimento conservador dos Estados Unidos, fez um apelo direto ao presidente Donald Trump e ao Partido Republicano: abrir uma investigação formal sobre o status imigratório do bilionário Elon Musk. Bannon afirma acreditar que o dono da Tesla e da SpaceX estaria ilegalmente no país e que, por isso, “deveria ser deportado imediatamente”.

“Eu sou da forte crença de que ele é um alien ilegal”, declarou Bannon. “Eles deveriam iniciar uma investigação formal do status imigratório dele.”

O ex-conselheiro de Trump também demonstrou preocupação com a influência de Musk nos bastidores do poder e insinuou que o empresário estaria tentando obter acesso a informações confidenciais do governo. “Estou especialmente preocupado porque Musk tentou ter acesso à informação secreta do Pentágono sobre uma possível guerra contra a China”, disse Bannon, sem apresentar provas.

As acusações surgem em um momento em que Elon Musk está no centro de diversas polêmicas envolvendo sua gestão de plataformas digitais, sua proximidade com figuras políticas conservadoras e seus comentários controversos nas redes sociais. Musk nega todas as acusações feitas por Bannon.

No entanto, segundo o Washington Post, há registros que levantam dúvidas sobre a legalidade do status de trabalho de Musk em seus primeiros anos nos Estados Unidos. O jornal afirma que, enquanto ainda era detentor de um visto de estudante, Musk já estaria trabalhando e fundando empresas — uma atividade não autorizada nesse tipo de visto. A reportagem cita e-mails internos de funcionários da época, incluindo um que dizia: “Ninguém quer que nosso CEO seja deportado”.

Apesar do histórico controverso e da retórica incendiária de Bannon, seus comentários reacendem debates sobre seletividade e uso político das leis de imigração nos EUA. Até o momento, nem Elon Musk nem seus representantes comentaram publicamente o pedido de investigação. Também não há confirmação oficial de que qualquer órgão federal esteja considerando investigar ou deportar o empresário.