Tragédia no Texas: Número de mortos por enchentes sobe para 109; 161 continuam desaparecidos

Da redação

As enchentes que devastaram o estado do Texas no último fim de semana já deixaram pelo menos 109 mortos e 161 desaparecidos, segundo dados atualizados divulgados nesta terça-feira (8) pelas autoridades locais. O desastre, provocado por fortes chuvas que atingiram diversas regiões do estado, tem gerado comoção nacional e levantado questionamentos sobre os sistemas de alerta e resposta emergencial.

A morte mais recente foi confirmada no condado de Kendall, que agora soma sete vítimas fatais. “É com pesar que informamos que o número de recuperados no condado de Kendall subiu para sete. Nossos pensamentos estão com as famílias e todos os afetados”, declarou o escritório de gestão de emergências do condado.

No condado de Kerr, o mais afetado até o momento, o xerife Larry Leitha informou que 87 mortes já foram registradas, incluindo pelo menos 30 crianças. Em coletiva de imprensa nesta manhã, o xerife revelou que cinco campistas e uma monitora do Acampamento Mystic seguem desaparecidos. “É difícil ter uma contagem exata de desaparecidos neste momento”, afirmou Leitha, indicando os desafios enfrentados pelas equipes de resgate.

O aumento do nível dos rios continua sendo uma preocupação, especialmente no Condado de Kerr, onde as chuvas previstas para os próximos dias podem agravar ainda mais a situação. O Serviço Nacional de Meteorologia já emitiu novos alertas de enchentes repentinas.

O governador do Texas, Greg Abbott, alertou para o risco contínuo nas áreas atingidas. “As enchentes de domingo ainda representam perigo, e novas chuvas fortes devem atingir o estado nos próximos dias”, disse Abbott em pronunciamento oficial.

A tragédia também reacendeu debates sobre falhas na prevenção e resposta ao desastre. Documentos mostram que autoridades do Condado de Kerr consideraram, no passado, a instalação de sirenes de alerta para enchentes — um projeto que nunca foi concretizado. Além disso, apesar dos avisos emitidos pelo Serviço Nacional de Meteorologia antes da tempestade, surgiram críticas quanto à falta de pessoal e à dificuldade em comunicar os alertas a tempo para os moradores das áreas afetadas.

As equipes de resgate continuam as buscas em áreas alagadas, enquanto centenas de famílias enfrentam a dor da espera por notícias de entes queridos. A tragédia se soma a uma temporada de desastres climáticos extremos que tem desafiado a infraestrutura e a preparação de várias regiões dos Estados Unidos.