Scott Jenkins, que havia sido sentenciado a 10 anos de prisão por esquema de venda de distintivos, foi perdoado na véspera de se entregar às autoridades
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Trump concede perdão total a xerife da Virgínia condenado por suborno federal

Da redação
O presidente Donald Trump concedeu nesta segunda-feira (26) um perdão total e incondicional a Scott Jenkins, ex-xerife do Condado de Culpeper, na Virgínia, que havia sido condenado por um júri em dezembro de 2024 por acusações de suborno, fraude e conspiração. Jenkins, que deveria se apresentar à prisão nesta terça-feira, não cumprirá pena.
Jenkins foi acusado de vender cargos de “xerife auxiliar” em troca de mais de US$ 75 mil em pagamentos em dinheiro, em um esquema que envolvia empresários do norte da Virgínia. Segundo o Departamento de Justiça (DOJ), os cargos permitiam acesso a distintivos e credenciais oficiais sem função efetiva, configurando um caso grave de abuso de poder.
Em sua rede social Truth Social, Trump chamou Jenkins de “vítima de um Departamento de Justiça corrompido e armado por Biden”, acusando o juiz federal Robert Ballou, responsável pelo caso, de impedir a apresentação de provas em favor da defesa. “Este xerife foi perseguido por monstros da esquerda radical e deixado para morrer. Não merece passar um só dia na prisão”, escreveu o presidente.
Apesar de o julgamento ter ocorrido no final de 2024, a sentença foi determinada em março de 2025 — já sob o governo Trump. O promotor do caso, Zachary T. Lee, ainda atua como procurador interino do Distrito Oeste da Virgínia. Em documento da sentença, Lee afirmou que Jenkins “violou repetidamente a confiança pública” e “mentiu ao tribunal e ao júri” para tentar escapar da condenação. “Desde os primeiros anos como agente da lei, Jenkins demonstrou total desrespeito pelas obrigações éticas e legais de sua função”, destacou.
O caso gerou forte repercussão na Virgínia, onde Jenkins era uma figura pública conhecida, e reascendeu o debate sobre a interferência presidencial em decisões judiciais. Críticos veem o perdão como mais um gesto de Trump contra investigações e processos liderados por órgãos federais que ele acusa de perseguição política.
Em sua declaração, Trump concluiu: “Ele agora poderá ter uma vida maravilhosa e produtiva, como merece.” Já o Departamento de Justiça não comentou imediatamente a decisão presidencial.
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