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Trump promove guinada nos EUA com medidas radicais nos primeiros 100 dias de mandato

Da redação Em apenas três meses desde que reassumiu a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump imprimiu um ritmo acelerado e radical à sua nova gestão, promovendo uma guinada histórica na forma como o país é governado. Com apoio de aliados influentes e confrontos com instituições tradicionais, o 47º presidente vem impondo mudanças profundas em áreas como imigração, economia, estrutura governamental e equilíbrio entre os poderes. Desde a posse, Trump emitiu dezenas de ordens executivas, muitas vezes anunciadas diretamente nas redes sociais, numa ofensiva que seus aliados classificam como uma "terapia de choque". Para seus críticos, no entanto, as medidas representam uma ameaça ao Estado de direito e uma erosão dos princípios democráticos. Um dos momentos mais emblemáticos ocorreu logo nas primeiras semanas de governo, quando o vice-presidente J. D. Vance escreveu nas redes sociais que “juízes não podem controlar o poder legítimo do Executivo”. A frase gerou forte reação de juristas e simbolizou a estratégia da Casa Branca de ampliar os poderes presidenciais, inclusive sobre o Legislativo e o Judiciário. O Congresso, dominado por uma frágil maioria republicana, tem demonstrado pouca resistência, enquanto o Judiciário já suspendeu mais de 100 ações presidenciais consideradas inconstitucionais. As tensões mais agudas ocorreram em torno da política migratória. Em março, o governo deportou 238 venezuelanos acusados de envolvimento com gangues, muitos sem direito ao devido processo legal — uma ação que levou um juiz federal a declarar estar “chocado” com os métodos da Casa Branca. Outro personagem central nessa nova fase é Elon …

Da redação

Em apenas três meses desde que reassumiu a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump imprimiu um ritmo acelerado e radical à sua nova gestão, promovendo uma guinada histórica na forma como o país é governado. Com apoio de aliados influentes e confrontos com instituições tradicionais, o 47º presidente vem impondo mudanças profundas em áreas como imigração, economia, estrutura governamental e equilíbrio entre os poderes.

Desde a posse, Trump emitiu dezenas de ordens executivas, muitas vezes anunciadas diretamente nas redes sociais, numa ofensiva que seus aliados classificam como uma “terapia de choque”. Para seus críticos, no entanto, as medidas representam uma ameaça ao Estado de direito e uma erosão dos princípios democráticos.

Um dos momentos mais emblemáticos ocorreu logo nas primeiras semanas de governo, quando o vice-presidente J. D. Vance escreveu nas redes sociais que “juízes não podem controlar o poder legítimo do Executivo”. A frase gerou forte reação de juristas e simbolizou a estratégia da Casa Branca de ampliar os poderes presidenciais, inclusive sobre o Legislativo e o Judiciário.

O Congresso, dominado por uma frágil maioria republicana, tem demonstrado pouca resistência, enquanto o Judiciário já suspendeu mais de 100 ações presidenciais consideradas inconstitucionais. As tensões mais agudas ocorreram em torno da política migratória. Em março, o governo deportou 238 venezuelanos acusados de envolvimento com gangues, muitos sem direito ao devido processo legal — uma ação que levou um juiz federal a declarar estar “chocado” com os métodos da Casa Branca.

Outro personagem central nessa nova fase é Elon Musk, nomeado chefe do recém-criado Departamento de Eficiência Governamental. Com discurso anticrise fiscal e promessa de eliminar “desperdícios”, Musk liderou cortes que afetaram dezenas de agências federais, incluindo o fechamento da USAID e tentativas de desmantelar o Departamento de Educação. Sua atuação, marcada por confrontos com servidores e congressistas, despertou tanto aplausos quanto críticas ferozes.

Na economia, Trump impôs tarifas de importação severas — uma medida surpresa que derrubou os mercados financeiros. O índice S&P 500 sofreu quedas significativas, o desemprego aumentou, e a confiança do consumidor recuou. O Federal Reserve e economistas alertam para o risco de recessão. Ainda assim, em redutos industriais e entre eleitores que perderam empregos no passado, Trump mantém apoio, sendo visto como alguém que “reestabelece o respeito” dos EUA no comércio global.

Na questão migratória, ponto central da sua campanha, o governo endureceu ainda mais a repressão. Os cruzamentos ilegais na fronteira caíram para os níveis mais baixos em quatro anos, mas denúncias de deportações sumárias, inclusive de estudantes estrangeiros, causaram polêmica. Grupos de direitos civis denunciam abusos, como o envio de supostos membros de gangues a prisões em El Salvador sem provas formais.

Com essa enxurrada de ações, Trump não apenas acelera sua agenda conservadora, mas testa os limites do sistema constitucional americano. O resultado é um país em transformação acelerada, polarizado e incerto quanto ao futuro de sua democracia.

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