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Publicado em 18/10/2010 as 12:00am

Imóveis 'baratos' nos EUA atraem compradores brasileiros

EUA buscam saída para seus imóveis desvalorizados após a crise. Preços de casas e apartamentos caíram, em média, 45%.

Mais de dois anos após o estouro da bolha nos Estados Unidos, o setor imobiliário do país ainda se recupera lentamente, mantendo casas e apartamentos desvalorizados. Atraídos pela oportunidade de comprar imóveis a preços mais baixos do que os verificados antes de 2008 e convertê-los em rendimento, brasileiros estão apostando nesse terreno.

De olho na expansão da economia brasileira, imobiliárias dos Estados Unidos oferecem descontos para quem mora no Brasil e quer comprar uma casa ou um apartamento lá fora. No último ano, esse movimento tem sido mais frequente, de acordo com Renan Cazarine Constantino, da Piquet Realty, imobiliária norte-americana que trouxe para um salão de habitação em São Paulo opções de imóveis em Miami, na Flórida, com preços reduzidos.

"Vemos no mercado brasileiro uma grande oportunidade. Enquanto os Estados Unidos ainda não se recuperam da recessão, a economia do Brasil se mantém em crescimento. Com a valorização do real, acaba compensando comprar um imóvel fora, enquantos os preços estão baixos, e colocar até para alugar", disse Constantino. A empresa oferece apartamentos a partir de 180 metros quadrados, a US$ 580 mil (o equivalente a cerca de R$ 986 mil), que incluem cozinha planejada e banheiros equipados.

Dados da rede de imobiliárias norte-americana, que tem parcerias com 75 países, mostram que 80% dos imóveis vendidos no último ano, em Miami, foram comprados por estrangeiros. Desse total, 50% são brasileiros.

"O preço caiu tanto que já é possível comprar uma casa de bom padrão em Miami, com três dormitórios, piscina, quadra, em uma área residencial por preços parecidos com os encontrados no Brasil. Em média, os imóveis nos Estados Unidos estão custando 45% menos do que antes da crise, quando o mercado estava superaquecido", disse o presidente de relações da National Association of Realtors (NAR) para o Brasil, Marco Fonseca.

Em Miami, há imóveis de 100 a 110 metros quadrados a partir de US$ 70 mil (cerca de R$ 119 mil), segundo Fonseca. Uma casa, por exemplo, em uma área escolar relativamente valorizada, de 280 metros quadrados, pode ser encontrada, em média, por US$ 300 mil (perto de R$ 510 mil). No Brasil, imóveis com esse mesmo perfil chegam a custar, em média, a partir de R$ 297 mil e R$ 784 mil, respectivamente, considerando preços encontrados na capital paulista.

Especialistas do mercado defendem que a compra de imóveis no exterior pode ser uma boa fonte de renda, considerando as chances de os Estados Unidos se recuperarem da crise, o que faria com que os imóveis tinvessem valorização.  "Quem não quiser alugar também pode comprar para passar férias, fazer compras", sugere o corretor.

Cuidados
Embora possa parecer vantajosa, a compra de um imóvel no exterior requer cuidados, na avaliação de especialistas. A orientação é que o interessado procure um corretor profissional com o certificado CIPS, que lhe dá a capacidade de conduzir a aquisição do imóvel no exterior. É imprescindível ainda que o corretor seja associado à NAR.

Outro ponto ao qual os interessados devem ficar atentos é o visto. "Não é porque a pessoa possui um imóvel nos Estados Unidos que terá livre acesso ao país. Essa é uma questão importante, principalmente se o imóvel for comprado para turismo", disse Fonseca.  

Estrangeiros no Brasil
O movimento inverso, de estrangeiros investindo na compra de imóveis no Brasil, também tem sido observado. Com o mercado em expansão, empresas europeis, asiáticas e norte-americanas têm alugado prédios inteiros para se instalar no país. 

"Vivemos um momento de muita segurança jurídica, de perspectivas de crescimento ainda maiores para a economia, sem contar as condições naturais do nosso país. É natural que o investidor estrangeiro se sinta motivado a vir para o Brasil", afirmou o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), João Crestana.

Além do eixo Rio-São Paulo, onde estão concentrados os centros financeiros do país, a região Nordeste tem exercido grande atração sobre os estrangeiros, principalmente sobre europeus. "Vemos de tudo. Advogados comprando escritórios em São Paulo, investidores comprando resorts", disse o presidente de relações da National Association of Realtors (NAR).


Fonte: (Da redação)

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