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Publicado em 28/01/2012 as 12:00am

OGX, de Eike Batista, promete para hoje início da produção de petróleo

Depois de vários adiamentos, está previsto para este sábado (28) o início da produção da OGX (OGXP3)

  

Depois de vários adiamentos, está previsto para este sábado (28) o início da produção da OGX (OGXP3), braço petrolífero do Grupo EBX, do empresário Eike Batista.

O primeiro óleo da petroleira deve vir do campo de Waimea, na bacia de Campos, no Rio de Janeiro. A projeção para o início da produção já foi adiada algumas vezes: a previsão inicial era para entre setembro e outubro; a data foi mudada para dezembro e, mais tarde, para 23 de janeiro.

De início, a estimativa da empresa é produzir uma média de 15 mil a 20 mil barris por dia.

Cinco meses após o início do chamado TLD (Teste de Longa Duração), a expectativa é aumentar o volume para entre 45 mil e 50 mil barris diários, com a interligação de mais dois poços produtores à plataforma de extração.  

O petróleo produzido nessa fase inicial será vendido à Shell. A OGX fechou com a petroleira anglo-holandesa a venda de 1,2 milhão de barris de petróleo, quantidade que deve ser divida em dois carregamentos de 600 mil barris.

Esta semana, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) autorizou a OGX a exportar petróleo. Eike Batista estima que as exportações poderão chegar a US$ 40 bilhões em 2015, e a US$ 60 bilhões até 2020.

Produção será iniciada em tempo recorde

Se confirmado, o início da produção da OGX ocorrerá em tempo recorde. O campo foi descoberto em 2009.

"Em menos de três anos ela está começando a produzir o primeiro barril de petróleo, o que é um prazo bastante rápido em se tratando de produzir petróleo no mar", afirma o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires.

Segundo ele, o prazo médio da compra de um bloco até o início da produção costuma ficar entre cinco ou seis anos.

"Acredito que um dos méritos da empresa foi ter contratado profissionais qualificados." Muitos atuavam, antes, na Petrobras.

Apesar do descrédito de parte do mercado, Pires acredita que não haverá novo adiamento.

"Houve um momento em que o mercado chegou a duvidar se a OGX conseguiria produzir o primeiro barril no começo deste ano e as ações da empresa tiveram queda. Mas, nas últimas semanas, as ações tiveram desempenho muito bom, porque o mercado está vendo que não vai ficar só no papel."

Meta de produção diária é ambiciosa

A fase inicial --o chamado TLD (Teste de Longa Duração)-- servirá para confirmar a capacidade diária de produção do campo. Para o diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo e ex-diretor da Petrobras, Ildo Sauer, a meta da empresa é ambiciosa.

"São raros os poços que começam com produção de 20 mil barris por dia e aumentam sua produção sem mecanismos de injeção de pressão no reservatório", diz.

Para Sauer, o prazo curto do início da produção também é surpreendente.

"No contexto brasileiro e mundial, trata-se de uma trajetória meteórica", diz.

"Adiamentos acontecem. Mas, tantos quanto a OGX fez, talvez seja típico de uma empresa que tentou acelerar muito. O fato é que se criou muito expectativa em torno desta extração e a indústria do petróleo é repleta de incertezas, inclusive em seus detalhes operacionais."

Fonte: (da uol)

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