Publicado em 29/03/2012 as 12:00am
Sucesso virtual de loja de enxovais banca criação de rede de franquias
Sucesso virtual de loja de enxovais banca criação de rede de franquias
Em janeiro de 2008, Natan Sztamfater inaugurou, ao mesmo tempo, a loja física da Port Casa, no bairro Bom Retiro, da capital paulista e a virtual, para comercializar artigos de cama, mesa e banho.
No entanto, foi o ponto online que trouxe o retorno mais rápido e
possibilitou ao empresário primeiro abrir uma filial na Lapa e, depois,
dar início à criação de uma rede de franquias. “Foi o site que nos
alavancou e deu força à marca. Por meio dele, ganhamos visibilidade e
reputação com clientes e fornecedores.”
Marketing digital
O que deu impulso à loja foi ele ter conhecido exatamente quanto
deveria investir em marketing digital. O cálculo foi complicado e uma
das maiores dificuldades encontradas por ele ao fazer o plano de
negócios. Depois de analisar o fluxo de caixa pretendido, fazer
consultas e pesquisa, o empresário concluiu que, no seu ramo, é
necessário reservar 15% do faturamento esperado para investir em
propaganda na internet.
“Atualmente, no nosso negócio, esse valor corresponde a um aluguel. Por
isso, estamos revendo a estratégia de foco na loja virtual e retomando
as lojas físicas com as franquias”, afirma.
Veja dicas de quem já tem sua loja virtual
Aos dez anos de idade, Clóvis Souza já trabalhava no ramo de flores e
aos 19 abriu a sua primeira floricultura. Durante o boom da internet,
quando várias empresas ponto com desapareceram, o executivo criou o site que depois passou a abrigar a loja virtual da Giuliana Flores.
Muitos acreditavam que ele havia enlouquecido e, realmente, não foi
fácil. “Não entendíamos nada de web e o comércio de flores tem várias
particularidades. Além de termos de vencer a barreira cultural de a
compra ocorrer sem que o consumidor tenha contato direto com o arranjo, o
que foi bastante difícil, tivemos que consolidar nossa credibilidade,
porque a logística tem que ser perfeita”, afirma o gerente de marketing
da empresa, Juliano Souza.
Isso porque flores são, na maioria
das vezes, presentes e o atraso, nesse caso, é imperdoável. “Entregamos
sentimentos e eles não podem chegar depois da hora marcada ou
amarrotados. O cliente não pode ser frustrado numa data especial.”
Por isso, a principal dica do gerente diz respeito ao desenvolvimento
da carteira de fornecedores de transporte, antes de ser lançada a loja
virtual.
Negociar prazo e atendimento diferenciado com as
transportadoras, principalmente para as pequenas empresas, é um trabalho
de se mostrar. “Quem está começando tem que correr atrás, tentar
estreitar os laços, mostrar o quanto está se empenhando e o resultado do
esforço.” Ele aconselha ter parceria com pelo menos duas empresas além
dos Correios. “Os Correios vão aos lugares onde nenhuma outra empresa
chega, mas há o problema das greves.”
Hoje líder no comércio
virtual em seu segmento, a Giuliana Flores faz 18 mil entregas por mês
em mais de 1.000 cidades brasileiras. Quase 90% da sua receita é
decorrente da venda na internet.
Fonte: (da uol)