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Publicado em 1/11/2012 as 12:00am

Indústria cai 3% em um ano, pior queda desde 2010

A produção industrial no Brasil recuou 1% em setembro em relação a agosto, após três meses seguidos de taxas positivas. Trata-se do pior resultado mensal desde janeiro passado, quando a contração foi de 1,8%. No acumulado dos últimos doze meses, a produçã

A produção industrial no Brasil recuou 1% em setembro em relação a agosto, após três meses seguidos de taxas positivas. Trata-se do pior resultado mensal desde janeiro passado, quando a contração foi de 1,8%. No acumulado dos últimos doze meses, a produção registra queda de 3,1%, resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010, quando foi registrada queda de 5%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com setembro de 2011, a produção recuou 3,8%, ante baixa de 2% no mês anterior, 13º taxa negativa seguida nesse tipo de comparação. No índice acumulado dos nove meses de 2012, frente a igual período do ano anterior, o recuo foi de 3,5% para o total da indústria.

A queda de 1% observada no total da indústria, entre agosto e setembro, teve perfil generalizado de taxas negativas, alcançando 16 dos 27 ramos investigados. O ramo de alimentos, que recuou 9,7%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionado pela queda na produção de aproximadamente 70% dos produtos pesquisados no setor, com destaque para a menor fabricação de açúcar cristal e sucos concentrados de laranja.

Segundo o IBGE, outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de máquinas e equipamentos (-11,2%), veículos automotores (-7,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-25,9%), metalurgia básica (-5,7%), edição, impressão e reprodução de gravações (-6,3%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-11,2%) e indústrias extrativas (-4,1%).

A baixa em setembro contraria uma série de dados positivos sobre a atividade econômica, que fizeram integrantes do governo e economistas preverem uma recuperação mais sólida da economia nos próximos meses.

Estímulos econômicos

A indústria tem sido um dos pontos mais fracos da economia nos últimos anos, levando o governo da presidente Dilma Rousseff e o Banco Central a adotarem uma série de estímulos econômicos --incluindo bilhões de dólares em reduções de impostos e dez cortes seguidos na taxa básica de juros do país, à atual mínima histórica de 7,25%, por mais de um ano.

A produção industrial havia crescido fortemente em agosto com a fabricação e a venda de veículos atingindo níveis recordes em meio à expectativa sobre o fim da redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) naquele mês. Mas o imposto menor foi prorrogado, e a produção voltou a cair em setembro.

Outros dados

Outros indicadores também sugerem debilidade da indústria em setembro. A venda de aço plano caiu 6,6% ante agosto, segundo a entidade que representa os distribuidores do setor, Sindisider, e a venda de papelão ondulado também recuou.

A fraca economia global tem prejudicado a demanda por produtos manufaturados em todo o mundo. Além disso, a indústria brasileira ainda enfrenta vários gargalos de infraestrutura. Após o forte estímulo do governo, no entanto, um indicador da confiança dos empresários na indústria subiu em outubro para o maior nível desde junho de 2011, alimentando a esperança de uma recuperação gradual do investimento nos próximos meses.

"Continua a incerteza. De um lado, as pesquisas de gerentes de compras (PMIs) indicam melhora na produção nos próximos meses. De outro, a menor contribuição do setor automotivo e o risco de que o investimento demore mais para se recuperar indicam que ainda não está claro se a economia vai manter o ímpeto a partir do quarto trimestre, como nós e a maioria dos analistas esperamos", afirmaram os economistas do Itaú Unibanco, liderados por Ilan Goldfajn.

Fonte: uol.com.br

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