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Publicado em 29/08/2013 as 12:00am

Taxa média de juros sobe pelo segundo mês consecutivo e chega a 27,5%

Taxa média de juros sobe pelo segundo mês consecutivo e chega a 27,5%


Refletindo o novo ciclo de aperto monetário, a taxa média de juros com recursos livres --empréstimos concedidos pelos bancos de acordo com as condições de mercado-- subiu pelo segundo mês seguido e chegou a 27,5% em julho, alta de 0,9 ponto percentual em relação a junho, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira (29).

A autoridade monetária vem reajustando a taxa básica de juros (Selic) com altas consecutivas desde abril. A subida dos juros torna mais caro fazer compras parceladas e tomar empréstimos, o que desestimula o consumo.

Foi justamente no segmento de pessoas físicas que a alta foi mais expressiva. A taxa média ficou em 36,2% ao ano, aumento de 1,4 p.p. Já no de pessoas jurídicas, a alta foi de 0,6 p.p, chegando a 20% a.a.

Na categoria de recursos direcionados --que incluem os financiamentos concedidos pelo BNDES, o crédito habitacional e o rural - a taxa permaneceu praticamente estável, com pequena elevação de 0,1 p.p, chegando a 7,2%.

O aumento veio das linhas para pessoas físicas, onde a taxa média chegou a 6,8%. No segmento de pessoas jurídicas a taxa permaneceu em 7,4%.

A taxa média de juros total praticada no país chegou a 19,1%, alta de 0,6 p. p. em relação a junho.

INADIMPLÊNCIA ESTÁVEL

O aumento dos juros não produziu efeito na inadimplência média, que permaneceu estável. No segmento de recursos livres ela se manteve em 5,2%. Já no crédito direcionado houve pequena queda de 0,1 p.p para 1% do total da carteira.

O fenômeno já havia sido previsto pelo Banco Central no mês passado. Segundo a autoridade monetária, a tendência era de que a inadimplência continuasse recuando diante da decisão dos bancos de se tornarem mais seletivos na concessão de crédito.

CONCESSÃO EM QUEDA

Como a alta na taxa de média de juros, a concessão de crédito caiu pela segunda vez consecutiva. Em julho, a queda foi de 3,3%, frente um recuo de 3,8% em junho. No total, foram concedidos R$ 294,4 bilhões no mês passado.

Tal retração foi causada pela queda expressiva dos empréstimos com recursos direcionados, que caíram 30,9%. Nesta categoria, o crédito para pessoas jurídicas foi o que mais recuou: 42,3%. Já o para pessoas físicas a queda foi de 13,9%.

O saldo total de empréstimos no país chegou a R$ 2,546 trilhões ou 55,1% do PIB (Produto Interno Bruto). No mês anterior, a proporção era de 55,2%.

SPREAD

O spread bancário total --diferença entre o custo de captação e o valor cobrado do tomar de empréstimo e que constitui a maior parte do lucro bancário-- aumentou 0,5 p.p, chegando a 11,4 p.p.

Desde janeiro deste ano indicador não subia e, em junho, havia alcançado o menor nível da série histórica do BC, de março de 2011.

Fonte: www.uol.com

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