Publicado em 22/09/2013 as 12:00am
Governo baixa exigência para operadores em leilão de Confins
Governo baixa exigência para operadores em leilão de Confins
Sob pressão do Tribunal de Contas da União (TCU), o governo resolveu
baixar as exigências para a concessão do aeroporto de Confins (MG), que
deverá ocorrer em novembro. Agora, os consórcios interessados em
participar do leilão precisarão contar com um operador estrangeiro que
tenha experiência em um aeroporto com movimentação mínima de 20 milhões
de passageiros por ano, segundo apurou o Valor. Antes, o mínimo era 35
milhões, tanto para Confins como para o Galeão (RJ). Para a disputa do
aeroporto carioca, não haverá mudanças. As alterações serão levadas
nesta segunda-feira à tarde pela ministra da Casa Civil, Gleisi
Hoffmann, e o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco,
ao TCU. Na semana retrasada, o tribunal aprovou com ressalvas os estudos
de viabilidade para a concessão de Confins e do Galeão, cobrando
"justificativas técnicas e legais" sobre duas exigências do governo para
liberar a publicação dos editais. O órgão de controle pediu explicações
sobre a necessidade de movimentação mínima de passageiros e sobre o
limite de 15% para a participação, nos consórcios privados que vão
disputar o leilão, de acionistas dos outros três aeroportos --
Guarulhos, Viracopos e Brasília -- já controlados pela iniciativa
privada. Em reunião às 14h30, na sede do tribunal, Gleisi e Moreira
Franco vão entregar as justificativas do governo. O Palácio do Planalto
não abriu mão de restringir a participação dos atuais controladores de
aeroportos a 15% nos consórcios. Para o Galeão, manteve-se a exigência
de 35 milhões de passageiros por ano dos operadores que estão nos
consórcios. Para Confins, no entanto, houve redução e diminuiu-se a
obrigatoriedade para 20 milhões. Com isso ,
fica ampliada a possibilidade de participação de operadores
internacionais no leilão. O governo vai levar ao TCU argumentos técnicos
para justificar a medida. Na primeira rodada de concessões de
aeroportos, em fevereiro de 2012, a exigência era de 5 milhões de
passageiros por ano para os três terminais licitados. Com a entrega das
explicações, a expectativa do Planalto é realizar o leilão na primeira
quinzena de novembro, entre uma e duas semanas depois da estimativa
inicial. A intenção original era fazer o certame no dia 31 de outubro. A
análise do TCU, no entanto, levou 11 dias a mais do que o previsto.
Para o governo, esse pequeno atraso não é motivo de preocupação, mas faz
com que o calendário precise ser ajustado.
Fonte: www.uol.com