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Publicado em 23/10/2013 as 12:00am

Tatiana Blass faz sua primeira mostra individual em Nova York

Tatiana Blass faz sua primeira mostra individual em Nova York


Hoje Tatiana Blass desembarca em Bogotá para participar da feira de arte da capital colombiana, mas há alguns dias ela estava em Nova York, na abertura de sua primeira individual na cidade.

A estreia nova-iorquina, na galeria Johannes Vogt, coincidiu com o final de uma outra exposição de seus trabalhos, no Museu de Arte Contemporânea de Denver, no Colorado.

A agenda movimentada é um sinal de que essa paulistana de 34 anos atravessou a fronteira e conquistou seu lugar no circuito internacional.

"Já havia participado de exposições fora do Brasil, mas nada como neste ano, que está sendo especial", diz ela, enquanto passeamos pela galeria, situada no Chelsea, bairro que concentra a cena artística de Nova York.

O passaporte de Tatiana começou a acumular carimbos na sequência de sua participação, na 29ª Bienal de São Paulo, em 2010.

Depois de ter sido contemplada pelo programa "Grants & Commissions", da Cisneros Fontanals Art Foundation, em Miami, ela ganhou o Prêmio Pipa, no Brasil, em 2011, que lhe rendeu um período de residência em Londres. Foi lá que conheceu o dono da galeria nova-iorquina e recebeu o convite para expor.

"Há dois anos, Tatiana havia participado de uma coletiva na galeria, e eu fiquei muito interessado no trabalho dela", conta Vogt.

'INTERVIEW'

A mostra, que fica aberta até 16 de novembro, chama-se "Interview" ("entrevista"). Reúne pinturas, esculturas e um vídeo. São trabalhos relacionados com a exposição de Denver, cujo centro era uma instalação com uma rede de fios que se conectava, através de uma parede, a uma escultura de aparelhos de TV.

Em cada tela entrava em cena um personagem, que interagia de maneira dramática ou cômica com os demais.

Na mostra de Nova York, o tema das pinturas, todas feitas em São Paulo, são pessoas em situações de entrevistadas, sempre voltadas de frente para o observador.

As telas são figurativas, mas os personagens se dissolvem na expansão da cor, que não respeita os limites das formas.

No mesmo ambiente, as esculturas, feitas em ferro fundido, acoplam câmeras e microfones a cabeças humanas. Já o vídeo --divertido, com duas mulheres que se enroscam em fios-- é exibido numa sala à parte.

O vídeo foi feito em Londres, e vai numa linha diferente dos demais trabalhos.

Uma problematização da mídia? "Não só", responde a artista.

"A questão é, na realidade, a dificuldade da comunicação. A mostra tem uma relação forte com o teatro, cada vez mais presente no meu trabalho. A entrevista é aquele momento em que você se torna ator de si mesmo e se vê diante da angústia de elaborar uma fala pública."

Fonte: www.uol.com

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