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Publicado em 11/12/2015 as 12:00am

Para faturar, Hollywood apostou em retomada de franquias clássicas em 2015

Com exceção de "Mad Max", que bateu recorde geral, todas as outras produções registraram o segundo melhor desempenho

Há anos elas estão por toda parte. E, em 2015, parecem ter voltado no tempo. Sinônimos de cifras astronômicas e histórias não tão originais assim, as franquias dominaram a lista dos filmes mais vistos deste ano. Até o momento, entre as dez maiores bilheterias nos Estados Unidos, sete são continuações de sagas famosas. No Brasil, o número também chega perto: seis produções.

A diferença, agora, está no cardápio. Mesmo com elementos em comum, especialmente os grandes orçamentos, os filmes estão surgindo mais variados, retomando marcas antigas, cultuadas o bastante para garantir o retorno comercial esperado pelos estúdios. Uma alternativa ao domínio de super-heróis, animações e das recentes distopias e romances adolescentes.

O cinema está olhando para trás. Com histórias e personagens que foram sucessos em outras décadas, "007 contra Spectre", "Mad Max", "Missão Impossível" e "O Exterminador do Futuro" brilharam nas bilheterias de 2015.

Com exceção de "Mad Max", que bateu recorde geral, todas as outras produções registraram o segundo melhor desempenho de suas respectivas franquias no mundo. E "Star Wars: O Despertar da Força" ainda vem por aí, com a expectativa de quebrar o recorde de "Avatar" (2009) como a maior arrecadação da história, levando em conta os ingressos já vendidos para a estreia, no dia 17 de dezembro.

Aliás, é "Star Wars" que vai definir se 2015 quebrará o recorde de bilheteria acumulada na América do Norte, que hoje pertence a 2013, quando os filmes lançados acumularam US$ 10,9 bilhões. Impulsionada pelo mercado chinês, a bilheteria mundial também deve bater recorde e ultrapassar os US$ 35,9 bilhões de 2013, com analistas prevendo um total de US$ 39 bilhões.

A estratégia de criar e, agora, retomar sequências de sucesso, quase sempre espetaculosas, é a tônica de Hollywood. Uma repetição que pode também ser entendida como o início do desgaste no formato —mina de ouro a ser garimpada de todas as formas e até o fim.

"As franquias não se tornam sucesso por mero acaso. O estúdio, antes de iniciar uma série, investe muito em pesquisa para saber o que o público quer ver, quais os artistas certos para o papel, e como trazer vida a uma nova história", diz Juliana Ribas, diretora de marketing da Universal Pictures Brasil, que este ano distribuiu os novos "Velozes e Furiosos 7" e "Minions" no país. "Mas não existe fórmula mágica de sucesso. As franquias seguem se aperfeiçoando e se aprimorando ao longo de suas trajetórias."

Para especialistas, a retomada de franquias é um sinal dos tempos. Em uma época na qual a nostalgia passou a ser vista como um produto lucrativo, elas são necessárias para fisgar um espectador cada vez mais heterogêneo e que, entre tantas outras opções de entretenimento, pode ver um filme --muitas vezes de graça-- ao simples toque em uma tela de celular ou tablet, na hora e lugar que bem entender.

Essa crise, que está fazendo Hollywood se reinventar, já fora experimentada na década de 1950 com o advento da televisão e, posteriormente, nos anos 1980, quando os videocassetes fizeram o público poder escolher qualquer filme que quisesse assistir. Hoje, o grande "inimigo" são os serviços on demand, como o popular Netflix.

 

"Com essa nova configuração do audiovisual, o consumo tradicional no cinema mudou. E 2015 deixou essa tendência bem clara", diz o jornalista e crítico Pedro Butcher. "Digo que, atualmente, para você produzir o movimento tradicional do consumo de cinema, que é você sair de casa, pegar transporte e entrar em uma sala, é preciso um pequeno milagre. Hoje o cinema tem que fazer um esforço enorme para promover isso. E as franquias entram nesse contexto."

 

Fonte: terra.com.br

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