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Publicado em 16/12/2015 as 12:00am

"Meu trabalho em Star Trek é correr riscos", diz diretor de Sem Fronteiras

"Esse sentimento de descobrir o novo é o que faz de Star Trek tão fascinante", conta Lin

O diretor Justin Lin trocou carros velozes por espaçonaves… velozes! Responsável por transformar a série Velozes & Furiosos de curiosidade de nicho em um colosso pop (ele esteve ao volante do terceiro ao sexto filme da série com Vin Diesel), ele assume agora a guia de Star Trek: Sem Fronteiras, o “episódio três” da saga espacial desde seu relançamento em 2008, primeiro sem J.J. Abrams no comando – ele estava ocupado em outro canto da galáxia, fazendo Star Wars: O Despertar da Força.

Apesar de trocar corridas urbanas por ficção científica, Lin garante que uma coisa continua a mesma: o foco é em uma família. “Eu nunca havia pensado o quanto as duas séries eram similares”, conta Justin Lin, ao telefone, com exclusividade para o Brasil. “Mas, tanto em Velozes quanto em Trek, vemos um grupo de pessoas, por vezes antagônico, tornar-se uma família. Era isso que eu gostava tanto desde que comecei a assistir a série quando criança.”

Apesar de existir tantas encarnações da série criada por Gene Roddenberry há 50 anos (Star Trek: Sem Fronteiras é, também, uma celebração), o diretor tenta não dividir a narrativa entre o “velho” e o “novo”. “O filme de J.J. foi brilhante em reiniciar Trek sem negar nada que veio antes”, continua. “A ideia é desconstruir a série, não dividi-la. É usar a paixão que vem com a bagagem de Trek, equilibrar com minhas próprias ideias e correr riscos.”

Os riscos envolvem, claro, ir além da mitologia já construída da saga, incorporando novos elementos e ampliando o escopo do que seria star Trek. “Agora que eu tenho a oportunidade de fazer parte dessa história, posso refletir as questões que estavam em minha cabeça há anos”, explica. “O importante é fazer um filme para todos, ter em mente que a paixão pela história é tudo. Se eu tinha de fazer um Star Trek, tinha de ser pelos motivos certos.”

E este “motivo certo” é continuar a missão da Enterprise em explorar os limites da galáxia, ir “onde ninguém jamais foi antes”. “Esse sentimento de descobrir o novo é o que faz de Star Trek tão fascinante”, conta Lin. “O que eu queria era achar uma nova fronteira e colocar a tripulação bem no meio dela!” Para isso, o diretor teve uma ajuda, digamos, interna, já que o roteiro de Sem Fronteiras traz também a assinatura de Simon Pegg, que interpreta o engenheiro Scotty. “Simon é incrível”, derrete-se Lin. “Se eu tenho paixão por Trek, ele tem um amor sem paralelos! Conhece todos os detalhes e sabe exatamente como apontar um ponto de entrada na saga, mesmo para quem nunca teve contato – o que, para mim, é essencial.”

Vender Star Trek: Sem Fronteiras para os não iniciados torna-se, claro, parte do trabalho. Afinal, nas últimas cinco décadas a série de Roddenberry viu seu início na TV migrar para o cinema com o elenco original – e depois de volta para a TV com uma Nova Geração, que depois também ganhou as telas. Além disso, Deep Space 9, Voyager e Enterprise ampliaram ainda mais o cânone em várias mídias. “O ponto de entrada pode ser qualquer um”, explica. “O meu foi assistindo à série quando criança com meu pai. Meu filho tem 6 anos, seu primeiro contato será com meu filme!” Manter a mente aberta, para ele, é essencial: “Gene criou algo especial. Explorar as fronteiras é uma forma de descobrirmos quem somos como pessoas. Ele transportou isso para além de nossa imaginação. Essa é a chave para manter a chama de Star Trek acesa”.

Fonte: terra.com.br

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