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Publicado em 11/08/2020 as 12:00pm

Coluna Camarim do BT

Em 1897 nascia Alfredo da Rocha Viana, Jr, o Pixinguinha. Músico Brasileiro respeitadíssimo...

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Em 1897 nascia Alfredo da Rocha Viana, Jr, o Pixinguinha.

Músico Brasileiro respeitadíssimo no exterior, Pixinguinha começou sua carreira no Brasil no início do século 19, exatamente a mesma época na qual o Jazz, influenciado pelo Blues e pelo Ragtime, começava a aparecer nos Estados Unidos.

Foi grande influência na vida de Charlie Parker, que o mencionava como um de seus mestres.

Pixinguinha foi um compositor, arranjador, flautista e saxofonista nascido no Rio de Janeiro.

Um dos maiores compositores brasileiros, particularmente dentro do gênero musical conhecido como Choro.

Ao integrar a música dos compositores de choro mais antigos com harmonias contemporâneas de jazz, ritmos Afro-brasileiros e arranjos sofisticados, ele introduziu o Choro a um novo público e ajudou a popularizá-lo como um gênero exclusivamente brasileiro.

Foi também um dos primeiros músicos e compositores brasileiros a aproveitar as novas oportunidades profissionais oferecidas aos músicos pelas novas tecnologias de radiodifusão e gravação de estúdio. Pixinguinha compôs dezenas de choros, tais como "Carinhoso", "Glória", "Lamento" e "Um a Zero".  Filho do músico Alfredo da Rocha Viana, um flautista que mantinha uma coleção de partituras de choro e promovia frequentes reuniões musicais.

Pixinguinha aprendeu a tocar flauta em casa, e logo se tornou aluno de Irineu de Almeida, compondo sua primeira peça aos 14 anos e fazendo sua primeira gravação aos 16 anos. Em 1912 ele começou a se apresentar em cabarés e revistas no bairro de Lapa, no Rio de Janeiro.

Foi então chamado para integrar a “Orquestra do Cine Rio Branco” (filmes mudos na época eram muitas vezes acompanhados por música ao vivo). Em 1914, juntou-se aos seus amigos João Pernambuco e Donga para formar o “Grupo Caxangá”, grupo que ganhou considerável atenção antes de se dissolver em 1919.

Logo após criou “Os Oito Batutas”, juntamente com seu irmão China, Donga, João Pernambuco e outros músicos da época. A formação instrumental foi inicialmente bastante tradicional, Pixinguinha na flauta, violões, cavaquinho, banjo e percussão. Seu repertório era diversificado, englobando música folclórica do Nordeste do Brasil, sambas, maxixes, valsas, polkas e tangos brasileiros.

O grupo apelou especialmente para os desejos nacionalistas dos brasileiros de classe alta que ansiavam por uma tradição musical brasileira única, livre de influências estrangeiras.  Entretanto, alguns membros da “elite” do Rio não estavam felizes com os negros atuando em locais antes segregados...

O grupo, que consistia de músicos brancos e negros, se apresentava principalmente em locais de classe alta, onde músicos negros já haviam sido proibidos. 

Pixinguinha foi alvo de ataques sobre a sua raça e a influência da Europa e dos Estados Unidos na música brasileira. Foi criticado ferozmente por aqueles que sentiram que a cultura musical brasileira deveria refletir principalmente suas raízes europeias e que um embaixador musical negro era um embaraço. O estilo de composição e arranjo de Pixinguinha foi criticado como sendo apenas uma cópia do jazz americano.

Depois de se apresentar em um show no Cabaret do Assírio, eles foram descobertos por Arnaldo Guinle que patrocinou sua primeira turnê europeia em 1921, obtendo um completo sucesso. Em Paris, foram embaixadores da música brasileira, atuando por seis meses no Schéhérazade Cabaret.

Ao retornar ao Brasil, começaram a fazer gravações para a RCA Victor. É nestas gravações que o som maduro de “Os Oito Batutas” pode ser ouvido. Pixinguinha retornou de Paris com uma perspectiva musical ampliada.

Começou a incorporar o jazz em seu repertório, adicionando saxofones, trompetes, trombone, piano e um kit de bateria. 

No final da década de 1920, Pixinguinha foi contratado pela RCA Victor para liderar a “Orquestra Victor Brasileira”, quando aperfeiçoou suas habilidades como arranjador. Era comum para os músicos de choro improvisarem suas partes com base em uma simples partitura de piano, mas a crescente demanda por música de rádio utilizando Big Bands exigia partituras escritas para cada instrumento, e Pixinguinha foi um dos poucos compositores com essa habilidade.

Foi quando trabalhou com cantores bem conhecidos da época, como Francisco Alves e Mário Reis. 

Pixinguinha deixou a RCA Victor para se juntar à banda do flautista Benedito Lacerda, onde assumiu o saxofone tenor como seu principal instrumento. A banda de Lacerda era um “Regional”, nome dado a bandas contratadas por estações de rádio para acompanhar cantores ao vivo com um público de estúdio.

Ao longo dos anos 30, “Regionais” proporcionaram emprego estável para os músicos de choro da época e levaram à profissionalização da indústria musical brasileira. 

Devido a problemas econômicos, Pixinguinha teve que vender os direitos de suas composições para Benedito Lacerda, que aparece como co-compositor de muitas das músicas da Pixinguinha, mesmo aquelas compostas enquanto Lacerda era um menino...(triste isso...) Em meados da década de 1950, a mudança de gostos e a crescente popularidade do samba e do jazz americano no Brasil levou ao declínio do choro regional, pois outros gêneros se tornaram dominantes na rádio.

Pixinguinha se aposentou, aparecendo em público apenas em raras ocasiões em programas de TV como o “Noite do Choro" produzido por Jacob do Bandolim em 1955 e 1956. Pixinguinha nos deixou de forma súbita em 1973 na Igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, durante um batismo. O dia do seu aniversário, 23 de Abril, é hoje comemorado como o Dia Nacional do Choro no Brasil.

Oficialmente estabelecido em 2000, após uma campanha do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos na escola Raphael Rabello de Choro, foi descoberto em 2016 que a data de nascimento real da Pixinguinha era 4 de Maio, e não 23 de abril. Apesar disso, o Dia Nacional de Choro do Brasil permaneceu inalterado.  Pixinguinha foi um dos primeiros maestros a incluir regularmente instrumentos de percussão afro-brasileiros, como o pandeiro e o afoxé, que agora se tornaram padrão na música de choro e samba.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.

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