Coluna Wendel Stein

RELEMBRANDO OS PIONEIROS

Existe aquela série que seus avós assistiram, seus pais assistiram e que você assistiu, e que marcou para cada um, de forma pessoal, mas profunda e que trouxe recordações e sensações de tempos antigos e suas dificuldades. Lições que mesmo hoje, podemos usar como exemplos para encararmos nossos problemas modernos.  Assim foi a série Os Pioneiros. Do título original A little house in the praire, a série foi produzida pela NBC e por Michael Landon de 1974 até 1983, onde também atua como o patriarca da família, Charles Ingalls.

A série foi baseada nas clássicas histórias autobiográfica de Laura Ingalls Wilder, que compões a coleção de livros Little House Books, ambientadas no final do século 19.  A adaptação para a televisão foi muito fiel aos livros, 9 ao todo, um verdadeiro clássico da literatura infantil americana e mundial.

As histórias são baseadas em experiências e fatos históricos reais. Em 1870 o governo americano estimulou a população a migrar para o oeste selvagem americano para sua colonização, diminuindo a concentração de pessoas no litoral. Então cada processo migratório destas famílias era uma aventura perigosa.

Nos livros e na série televisiva acompanhamos a história de Laura Ingalls (Melissa Gilbert), e sua família na luta pela sobrevivência em uma américa cheia de dificuldades e que começava a civilizar-se em um mundo de mudanças sociais e políticas.  As descrições históricas da produção são bem apuradas, do vestuário, das construções e até nos objetos cenográficos.  Através da visão de uma criança, Laura Ingalls, compreendemos as dificuldades daquela época em povoar uma região selvagem, o verdadeiro oeste americano, cheio de animais perigosos, índios, um clima cruel e uma agricultura de subsistência. É impossível não se emocionar com as histórias desta família, que refletem de uma maneira muito fiel, melodramático, inocente e conservadora a vida destes pioneiros nos Estados Unidos.

Foram 183 episódios, que são exibidos ao redor do mundo, sem interrupção, desde sua estreia em 1974. Ao lado de Michael Landon, o elenco é brilhante; (Karen Grassle) é Caroline Lake Quiner Ingalls, a esposa de Charles Ingalls; as filhas do casal,(Melissa Sue Anderson) Mary Amelia Ingalls Kendall, (Mellisa Gilbert) Laura Elizabeth Ingalls Wilder, Lindsay e Sidney Greenbush (gemêas idênticas que fazem a irmã caçula da família).

É uma produção que recomendo para toda família, pois apesar de ter um ritmo mais lento e ser uma produção mais                inocente, traz lições de união, família, religião e cooperação tão importantes em uma época como essa, que não sabemos ao certo a direção que o mundo vai tomar após a pandemia.

Wendell Stein é cineasta, jornalista e escritor profissional. É colunista do Brazilian Times. E-mail: wendellstein@me.com

 

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Fonte: Redação Brazilian Times