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Publicado em 20/11/2020 as 4:00pm

"Babenco", de Bárbara Paz, é escolhido para representar o Brasil no Oscar

O longa-metragem tenta uma vaga entre os 5 lugares na categoria Melhor Filme Internacional

Hector Eduardo Babenco, de 70 anos, foi um cineasta argentino e naturalizado brasileiro

O filme "Babenco - Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou", dirigido por Bárbara Paz, foi o escolhido pelo Brasil para disputar uma vaga no Oscar 2021. O longa homenageia o cineasta Hector Babenco, que morreu em 2016, e é uma coprodução GloboNews. 

O longa-metragem foi premiado como melhor documentário no Festival de Veneza, em 2019, e no Festival de Viña Del Mar, no Chile, em 2020. Bárbara Paz foi casada com Hector Babenco. No filme, ela mostra memórias, reflexões, medos e ansiedades do cineasta num confronto entre vigor intelectual e a fragilidade física que marcou sua vida. O filme chega aos cinemas do Brasil na próxima quinta-feira, 26 de novembro.

Hector Eduardo Babenco (1946-2016) foi um cineasta argentino e naturalizado brasileiro. Foi indicado ao Oscar de Melhor Diretor no filme “O Beijo da Mulher Aranha”. Ele nasceu em Mar del Plata, na Argentina, no dia 7 de fevereiro de 1946. Era filho de descendentes ucranianos e poloneses. Com 19 anos, mudou-se para o Brasil, época em que trabalhou como vendedor.

O cineasta argentino era descendente de imigrantes ucranianos, poloneses e radicou-se no Brasil na década de 70

Apaixonado por cinema, Babenco estreou sua carreira de cineasta com o filme “O Fabuloso Fittipaldi” (1973), um documentário sobre o então campeão da Fórmula 1, que dirigiu em parceria com Roberto Farias. Em 1975, com 29 anos, iniciou o curso do “cinema marginal”, quando preferiu contar histórias em que o heroísmo reside numa insólita força para sobreviver a circunstâncias adversas. Foi assim em seu primeiro longa-metragem “O Rei da Noite”, estrelado por Marília Pêra e Paulo José, que recebeu o Candango de Melhor Ator no Festival de Brasília. Com com seu filme seguinte que Babenco começou a se destacar com o lançamento de “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia” (1977), protagonizado por Reginaldo Farias. No mesmo ano se naturalizou brasileiro.

O filme recebeu quatro Kikitos de Ouro no Festival de Gramado e foi indicado na categoria de Melhor Filme, foi escolhido como Melhor Filme, pelo Júri Popular, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Em 1980, lançou “Pixote, a Lei do Mais Fraco” e com ele veio a sua consagração e a fase do cinema internacional do cineasta. O filme foi lançado nos EUA e deu a Marília Pêra o Prêmio de Melhor Atriz, dos críticos de Nova York. 


O Beijo da Mulher Aranha:

Foi com o drama “O Beijo da Mulher Aranha” (1985), adaptado do romance homônimo do argentino Manuel Puig, que Babenco deu o salto que esperava. Estrelado por Sônia Braga e narrado com voluptuosidade, a história de um preso político (Raul Júlia) e um travesti (William Hurt) que dividem a cela de uma prisão sul-americana, ganhou uma distinção inédita.
Pela primeira vez, uma produção de outra nacionalidade que não a inglesa ou a americana arrebatou diversas indicações ao Oscar, principalmente o de melhor filme, diretor, roteiro adaptado e ator. William Hurt levou a estatueta e também o prêmio de atuação no Festival de Cannes.

Em 1987, Hector Babenco dirigiu “Ironweed”, drama norte-americano, com roteiro de William Kennedy, filme que deu a Meryl Streep e a Jack Nicholson indicações ao Oscar. Em 1991, dirigiu “Brincando nos Campos do Senhor”, que tomou meses de filmagens árduas na selva amazônica. Nesse mesmo ano, descobriu que estava com um câncer linfático, e iniciou o tratamento que se prolongou por vários anos. Em 1998, produziu “Coração Iluminado”, com Xuxa Lopes, sua mulher na época.


Carandiru:

O maior sucesso de Babenco se deu com “Carandiru” (2003), que marcou sua volta ao tema da ética da criminalidade. O filme é uma superprodução baseado no Best-seller Estação Carandiru, do médico Dráuzio Varella. Protagonizado por Luiz Carlos Vasconcelos (médico), conta ainda com Rodrigo Santoro, Milton Gonçalves, Maria Luiza Mendonça, Caio Blat entre outros atores.

O filme conta a história de um médico sanitarista que se oferece para realizar o trabalho de prevenção ao vírus HIV, no Carandiru, o maior presídio da América Latina, durante os anos 90. O médico passa a conviver diariamente com a dura realidade dos presos e a violência agravada pela superlotação do presídio.


Último filme:

Seu último filme “Meu Amigo Hindu” (2015), estrelado por William Dafoe, começa com a seguinte declaração: “O que você vai assistir é uma história que aconteceu comigo e conto da melhor maneira que sei”. Na tela, o que se vê é a luta de um cineasta para vencer um câncer linfático. A obra é também uma declaração de amor ao cinema – e ao próprio amor. A cena final a mulher de Babenco, Bárbara Paz, nua, dança, como Gene Kelly em Cantando na Chuva.

Ao longo de mais de 40 anos de cinema, Hector Babenco produziu uma obra reconhecida que deixou sua marca no cinema brasileiro. Ele faleceu de parada cardíaca, em São Paulo, no dia 13 de julho de 2016.

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 O cineasta argentino era descendente de imigrantes ucranianos, poloneses e radicou-se no Brasil na década de 70

Fonte: Redação Brazilian Times

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