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Publicado em 27/11/2020 as 7:30pm

Coluna Light Up by David Faria

Centenário de Clarice Lispector “Não lembro mais qual foi nosso começo. Sei que não...

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Centenário de Clarice Lispector

“Não lembro mais qual foi nosso começo. Sei que não começamos pelo começo. Já era amor antes de ser”, seja talvez a frase que mais identifique meu início com Clarice. A idade certamente não me recordo, mas à memória vem um livro de capa dura vermelha e lombadas douradas, que julguei ser o mais elegante que até então conhecia.

Certa vez, de posse do livro cujo nome era “A Paixão segundo G.H.” escutei um comentário jocoso e desagradável sobre seu título ... “A Paixão segundo gays e homossexuais” e naquele momento que passava, de crise existencial e psicológica, tal qual a própria literatura clariciana, achei por bem abandona-lo, porém já havia me identificado com a autora e seria impossível fazer o mesmo que fiz com o livro.

Clarice Lispector pertence à terceira fase do movimento modernista e imprimiu em suas obras uma literatura intimista, de sondagem psicológica e introspectiva, com mergulhos no pensamento e na condição humana.

Seu trabalho traz como características elementos como o fluxo de consciência, monólogo interior e a ruptura com o enredo factual. Outra marca de sua literatura é o uso da epifania - momentos em que algum dos personagens passam por uma revelação ou uma tomada de consciência diante de um fato do cotidiano.

Pela imprensa, Clarice Lispector já foi chamada de "bruxa", "exótica" e "misteriosa". Trabalhou como jornalista até 1975, passando por revistas e jornais nacionalmente conhecidos, escrevendo crônicas e colunas. A autora faleceu em 9 de dezembro de 1977, no Rio de Janeiro, um dia antes de completar 57 anos.

Em 2020, comemora-se o centenário do nascimento de Clarice Lispector. A escritora nasceu no dia 10 de dezembro de 1920, em Tchetchelnik, uma aldeia da Ucrânia, então pertencente à Rússia. Seu nome de nascença é Haia. Os pais, judeus russos, imigraram três anos após a Revolução Bolchevique de 1917, devido à violência e a constante perseguição antissemita. A família chegou ao Brasil em 1922, na cidade de Maceió, onde adotaram novos nomes. Haia, então com dois anos de idade, se tornou Clarice.

A Beleza das Safiras

Safira em estado bruto
O anel de Safira e diamante da imperatriz Josefine.
O anel de safira da Princesa Diana hoje de Kate Middleton.

A safira começou a ser extraída por volta de 800 a.C., no antigo Ceilão, hoje, conhecido como Sri Lanka. Seu nome vem do grego sappheiros, que significa pedra azul. Outras fontes dizem que a palavra derivou da associação da pedra com o planeta Saturno, do sânscrito, sanipriya: sani (Saturno) + priya (precioso).

De acordo com uma lenda da mitologia grega, Helena de Troia possuía uma enorme safira com asterismo (star sapphire), que acreditavam ser a chave da beleza e poder de sedução da rainha, considerada a mulher mais bela do mundo, nos escritos de Homero. O famoso anel do Rei Salomão (1000-931 a.C.) era lendário por carregar uma safira com uma inscrição que lhe dava poderes divinos.

A safira foi muito utilizada nas vestes de clérigos por séculos. Para eles, a safira simbolizava o céu: o paraíso.

A gema também é muito ligada à realeza. Safiras e joias de safira fazem parte de coleções de coroas de diversos reinos e impérios. Entre elas, a gigantesca Le Grand Saphir de Louis XIV, adquirida pelo próprio rei em 1669.

A pedra também é muito associada ao amor eterno. Napoleão Bonaparte, por exemplo, deu à Josefina, em 1796, um belo anel de noivado com duas pedras preciosas: uma safira e um diamante, ambas na lapidação gota.

Essa associação com o amor foi reforçada em 1981, quando o Príncipe Charles presenteou Lady Diana com um belo anel de noivado de safira azul com diamantes. Esse mesmo anel foi dado à Kate Middleton como presente de noivado pelo Príncipe William, filho de Lady Diana e do Príncipe Charles. A joia em ouro 18k possui uma safira de 12 quilates, rodeada por 14 diamantes.

Com uma história tão vasta, não é de se admirar que a safira, ainda hoje, seja uma das pedras mais cobiçadas e utilizadas para criar joias finas.

Você Sabia?

Em BH, todas as ruas trocam de nome ao cruzar com a Avenida do Contorno, exceto a Rua Itajubá. A rua em questão fica no Bairro Floresta, região Leste da capital mineira.

Para Refletir

“Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.” (Clarice Lispector) 

Nota do colunista: Ter medo de arriscar coisas novas, se abrir para outros lugares, olhares e ideias é normal. O legal é entender que isso é a vida, e as experiências estão aí para serem vividas.

 

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